O Ministério da Economia em parceria com a Embaixada de Angola no Japão acabam de organizar o Fórum Económico Angola-Japão que contou com a presença de 37 empresas e de 118 empresários provenientes do Japão.
O Fórum Económico Angola-Japão teve por objectivo a promoção das potencialidades de investimento do Japão em Angola bem como o desenvolvimento de alicerces para criar parcerias entre ambos os países. O Fórum procurou abordar o panorama actual de negócios em Angola, os procedimentos de investimento no país, as oportunidades nos vários sectores de actividade, o Plano Nacional de Desenvolvimento e as parcerias empresariais.
No decorrer deste encontro houve espaço para o desenvolvimento de network e de partilha de know-how entre os empresários angolanos e japonês. Após o fórum, é esperado um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios bilaterais de forma a tornar Angola num dos maiores destinos, da região SADC, para o investimento japonês.
Agostinho Kapaia, Presidente da CEEIA, refere que “O Japão é um potencial investidor em Angola. O desenvolvimento das relações bilaterais irá trazer enormes vantagens para ambos os países, pelo que é muito importante o estreitamento das relações comerciais através do estabelecimento de Parcerias Empresariais. Também, para os actuais e futuros membros da CEEIA, o Fórum Económico Angola-Japão representa uma nova oportunidade para explorar este grande mercado e para potencializar as exportações nacionais. ”
Angola é um país estratégico para o Japão. Tem riquezas naturais essenciais ao desenvolvimento da indústria como petróleo, gás natural, cobre, fosfato, diamante, zinco, alumínio, ouro, ferro e urânio, dispõe de madeiras e de recursos marinhos, tem uma economia crescente, cada vez mais dinamizada e menos dependente do sector petrolífero. Angola oferece ainda uma variedade de oportunidades para o desenvolvimento de novas áreas de negócio que interessam ao Japão, nomeadamente nos sectores da Indústria, Energia e Águas, Telecomunicações, Infraestruturas, Transportes Marítimo e Terrestre, Petróleos, Agricultura e Medicina. Contudo, para dar resposta a todas estas áreas, o País deverá investir mais na formação dos recursos humanos nacionais. Por outro lado, o País tem disponibilizado, para o empresariado empreendedor, Programas de acesso a créditos bonificados para apoiar e incentivar o investimento privado, como o Angola Investe.
Recorde-se que o Japão é a terceira maior economia mundial e é um dos líderes do investimento directo estrangeiro à escala global. Angola atravessa um período em que é imperativo investir na diversificação da economia, pelo que o Executivo Nacional tem evidenciado esforços para a promoção de condições favoráveis ao desenvolvimento de novos negócios, visando também o estabelecimento de projectos capazes de atrair investimento estrangeiro.
Actualmente estão a operar em Angola oito empresas japonesas, sendo que ambos os países partilham a opinião de que estas empresas têm obtido um crescimento satisfatório nos últimos anos.
Angola compra ao Japão maquinaria, equipamentos e veículos e, por outro lado, o Japão compra ao País petróleo e gás. O investimento do Japão em Angola irá permitir o desenvolvimento de infraestruturas, a criação de mais emprego e a existência de uma cooperação comercial bilateral acompanhada da transferência de tecnologia e de know-how.
O Fórum Económico Angola-Japão foi dirigido ao empresariado angolano e japonês, Associações Empresariais, Instituições Financeiras, Bancos Comerciais, Departamentos Ministeriais da Finanças, do Comércio, da Justiça, da Agricultura, da Indústria, da Energia e Águas, dos Transportes, do Turismo, Geologia e Minas, e Agências de Promoção de Investimentos.
Sobre a CEEIA:
A Comunidade de Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola (CEEIA) é uma associação sem fins lucrativos, representativa das empresas angolanas vocacionadas para a exportação e internacionalização, e constituída por tempo indeterminado. Foi apresentada formalmente, em Luanda, a 7 de Novembro de 2013 e constituída por 19 sócios fundadores: Angonabeiro, Banco BIC, Banco Privado Atlântico, Comfabril, Gesteflora, Grupo Bartolomeu Dias, Grupo Bongani, Lamilon, Macon Transportes, Miracel, Grupo Opaia SA, Organizações José Veríssimo, Pomobel, Refriango, Toritábua, Vidrul, Visamar, Word Wide Internacional e o Instituto de Fomento Empresarial. Actualmente conta com 28 empresas-membro.
A CEEIA tem como principal objectivo é assegurar a cooperação e articulação das exportações nacionais e a internacionalização de grupos empresariais angolanos ou grandes empresas nacionais nos cinco continentes do Mundo.