O botão “Curtir”, do Facebook, acaba de completar um ano de vida. Desenvolvido para facilitar a recomendação de links em sites de notícia ou blogs, o recurso mostra que o autor é mais importante do que a mensagem propagada na maior rede social do planeta. Ou seja, acessamos determinado conteúdo desde que ele nos tenha sido recomendado por alguém em quem confiamos.
Para celebrar o registro – e ampliar o império do compartilhamento –, a rede apresentou o recurso “Send” (Enviar, em português). Presente apenas em 50 sites do exterior – entre eles, as publicações The Wall Street Journal e Washington Post -, o recurso permite que o usuário compartilhe conteúdos com grupos determinados. Na prática, o adepto escolherá para quem enviar a recomendação. A ideia do Facebook parece ser combater o velho hábito de enviar recomendações por e-mail a várias pessoais.
Apresentado em abril de 2010 durante uma conferência anual para desenvolvedores, o botão “Curtir” fez parte de um pacote de serviços criados pela empresa para facilitar a vida de todos os usuários atrelados ao site. Na ocasião, Mark Zuckerberg disponibilizou uma plataforma básica com uma série de serviços – o que inclui Atividade Recente, presente no site de VEJA.
Zuckerberg previa o êxito da ferramenta, que de fato se confirmou. “O lançamento é um passo extremamente significante ao Facebook”, disse. A ascensão do botão se deu como um foguete. Na primeira semana após o lançamento – com a rede beirando 400 milhões de usuários cadastrados -, 50.000 sites instalaram o recurso. Em um mês, o número dobrou. Hoje, estima-se que 65 milhões de usuários do site cliquem diariamente no botão: são quase três milhões de sugestões por hora. Segundo Sheryl Sandberg, vice-presidente operacional da empresa, mais de 10.000 sites incorporam o botão diariamente.
A vasta adesão é explicável. Plataformas de redes sociais, como Facebook e Twitter, tornaram-se importantes fontes de tráfego. Portanto, assim que uma empresa disponibiliza recursos como o “Curtir”, cresce a chance do conteúdo ganhar exposição. Do ponto de vista pessoal, o sucesso também faz sentido. Parte dos cadastrados busca pertencer a um grupo, fazer diferença na vida de seus amigos e ter a sensação de que pode ajudar. Em uma rede social, distribuir links é compartilhar conhecimento. No Facebook, distribuir links é recomendar, agir, criticar, elogiar e opinar. O usuário dá mais atenção ao que um amigo distribui em sua página do que a uma recomendação proveniente de um desconhecido. Rapidamente, o Facebook virou um mar de links: por mês, são disponibilizados mais de 25 bilhões.
![Facebook-botao-curtir-640](http://veja.abril.com.br/blog/vida-em-rede/files/2011/04/Facebook-botao-curtir-640.jpg)
Para celebrar o registro, o Facebook apresentou em seu blog o botão em todos os idiomas
Soberano em seu segmento, o Facebook viu seu maior rival, o Google, reagir. Recentemente, o gigante de buscas lançou o +1, que permite aos usuários recomendar resultados de busca e anúncios. Na prática, ao realizar uma pesquisa no site, qualquer pessoa receberá links indicados não só pelos motores de busca robotizados, mas também recomendações de seus próprios amigos.