Comemora-se hoje, Terça-Feira, dia 11 de Novembro, o 39º aniversário da independência, proclamada em 1975, após muitos anos de luta armada contra o colonialismo. Para celebrar esta data, celebridades angolanas e não só deixaram uma mensagem de carinho em suas redes sociais.
Érica Nelumba: É hoje!!! Dia da minha Angola! Feliz dia da Independência
Tatiana Durão: My Home, my Flad, my mother. Happy Independence Day to all Angolans around the world.
Bruna Tatiana: 39 anos de Independência. Viva a nossa Angola.
Benvindo Magalhães: Acredite, a independência não tinha cor, raça ou tribos… Resumia-se apenas na mais pura forma de Liberdade e autonomia de um (povo) País!!! EU AMO A MINHA BANDA.
Kueno Aionda: Força Angola… 39 de Independência. Os ventos são de mudança e desenvolvimento à cada dia que passa!!!
Zoca Zoca: Só não vale ter vontade, é necessário ter coragem, atitude e ir a luta por trás dos nossos interesses, hoje cá estamos angolanos independentes, e felizes a nossa maneira, não se esqueçam um dia foi pior, acredita numa Angola melhor, devagar se vai ao longe.
Matias Damásio: Viva Angola
Pérola: Estamos assim, tranquilas. Brasília#missão#Independência#
Sarissari: 39 anos… ANGOLA!!! Pra termos este dia “tchiling” muitos deram a vida…Descansem em Paz todos aqueles que lutaram pela nossa Independência…
Anselmo Ralph: ANGOLA 4ever. Que Deus abençoe sempre a minha terra.
Big Nelo: Viva Angola
Karina Barbosa: Parabéns Angola
Nelson Freitas: Happy Independence day to my brothers e sisters from Angola.
Dj Djeff: Parabéns Angola. Dia da Independência.
Dj Paulo Alves: Feliz dia da Dipanda!
Foi precisamente às 00 horas do dia 11 de Novembro que o então Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), António Agostinho Neto, proclamou, em Luanda, a Independência do país.
“Em nome do Povo angolano, o Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) proclama, solenemente, perante a África e o Mundo, a Independência de Angola”, anunciou o primeiro presidente de Angola.
Ainda segundo Agostinho Neto, “correspondendo aos anseios mais sentidos do Povo, o MPLA declara o nosso país constituído em República Popular de Angola”.
A independência, proclamada na então Praça 1º de Maio e presenciada por milhares de angolanos, foi alcançada fruto de uma luta armada iniciada em 1961, depois de, em 1956, algumas formações políticas se terem unido num movimento de libertação, que viria a se chamar MPLA.
Naqueles anos, da década 50, foi proclamado um manifesto, cujo objectivo essencial definia que Angola não conseguiria se libertar do colonialismo sem luta, dada a intransigência da potência colonizadora.
Na década de 60, nomeadamente a 4 de Fevereiro de 1961, eclodiu a guerra de libertação, marcada com assaltos às principais cadeias de Luanda, nas quais alguns nacionalistas se encontravam encarcerados.
A partir dessa data, o povo angolano encetou uma guerra contra as autoridades coloniais portuguesas, através de guerrilhas, devido ao seu fraco poder bélico.
Com o desenvolvimento do processo, e devido a ajuda internacional às forças nacionalistas angolanas, a luta pela Independência nacional alastrou-se a todo território, dando início a um conflito que duraria mais de uma década.
Com os acontecimentos ocorridos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, em grande parte influenciados pelas lutas de libertação desencadeadas em todas ex-colónias portuguesas, assistiu-se à derrocada do sistema colonial português.
Os conflitos ocorridos entre os autóctones e os colonialistas deram origem ao êxodo dos colonos, quer para Portugal, quer para outros países.
A 10 de Janeiro de 1975 teve início em Alvor (Portugal) uma cimeira em que participou o Governo português e representantes de três movimentos angolanos de libertação (MPLA, FNLA e Unita).
A 15 do mesmo mês foram assinados os Acordos de Alvor, que estipulavam o processo da Independência e a constituição de um Governo de transição, composto por representantes dos três movimentos de libertação.
A 28 de Janeiro, o general português Silva Cardoso foi incumbido de exercer as funções de Alto-Comissário para Angola e, simultaneamente, o representante da República Portuguesa em Angola.
No dia 31 de Janeiro de 1975 foi empossado o Governo de Transição, mas a situação agudizou-se devido as rivalidades entre os movimentos de libertação até que, a 2 de Agosto de 1975, o general Silva Cardoso abandonou o país, tornando-se num fracasso os Acordos de Alvor.
Com o abandono de Silva Cardoso, Angola entrou num estado aberto de confrontação, o êxodo dos colonos tornou-se cada vez mais acentuado, deixando o país a braços com graves problemas, nomeadamente a falta de quadros técnicos e médios.
Foi neste ambiente de guerra que, a 11 de Novembro de 1975, Agostinho Neto, fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola proclamou a Independência da República Popular de Angola.
Em Setembro de 1979, no dia 10, Agostinho Neto morre por doença, em Moscovo, e é substituído no cargo por José Eduardo dos Santos.
À semelhança de outros países, José Eduardo dos Santos adopta o sistema multipartidário, que culminou com as primeiras eleições democráticas, em 1992, ganhas pelo MPLA.
Rejeitados os resultados das eleições, o país mergulhou numa nova onda de guerra, seguida de várias tentativas de para-la, até que, em 20 de Novembro de 1994, se assinou, após um ano de negociações, o Protocolo de Lusaka, na capital zambiana.
Igualmente violado, a guerra prosseguiu até que, no dia 4 de Abril de 2002, após vários anos de negociações, foi assinado o Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka, entre o Governo e a Unita, marcando o fim de um longo período de guerra.
A cerimónia foi assistida pelo actual Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, dirigentes e quadros do MPLA e por representantes das comunidades nacional e internacional.
Fruto da democracia instaurada no país, os angolanos realizaram novas eleições nos dias 5 e 6 de Setembro de 2008, e no dia 31 de Agosto de 2012.
Passados 38 anos de independência, Angola conseguiu registar um crescimento em vários sectores e domínios, fundamentalmente nos económicos e sociais.
“A bandeira que hoje flutua é o símbolo da liberdade, fruto do sangue e das lágrimas, e do abnegado amor do povo angolano”, disse Agostinho Neto aquando da proclamação da Independência de Angola.