definitivamente, Angola está na moda. A 5a edição do Festival Delta Tejo, em Lisboa, conta este ano com um grande contingente de cantores angolanos, como Maya Cool, Yuri da Cunha, Puto Português e Matias Damásio.
Estreando-se no Festival Delta Tejo, Maya Cool abriu as hostilidades no Palco Jogos Santa Casa onde cantou e dançou as músicas de maior sucesso dos seus trabalhos discográficos. Abriu com “Sereia-Sahamy”, arrancou aplausos com Makagrande, levou ao delírio os inúmeros cabo-verdianos presentes com “Juntá ma nôs” até chegar a “Ti Paciência”, onde brincou com o público e explicou o significado da música.
Sempre com uma energia que ia contagiando os presentes a cantar e a dançar o semba assim como outros ritmos angolanos, Maya Cool ia deixando a sua marca, o seu orgulho em ser angolano. De cachecol de Angola no pescoço, o cantor fez questão de mostrar o quanto domina a geografia do nosso país, assim como os hábitos e costumes da terra.
Para dar mais cor e vida ao espectáculo, Maya Cool chamou os Kilandukilo ao palco para mostrar o melhor da dança angolana. Não faltou o “Do Cambuá” com as dançarinas presentes, assim como um guerreiro angolano em palco, na pele de Petchú, professor de dança.
Porque o palco era português, o artista fez questão de lembrar o tempo que passou em Portugal e do que aprendeu na terra de Camões, cantando “Bacalhau quer alho” e “Malhão, malhão”, juntamente com a cabo-verdiana Carla Moreno.
A terminar, Maya Cool “desancorou” do palco com Ancoró, levando o público ao delírio quando prestou homenagem ao cantor e actor Angélico Vieira, falecido esta semana. Uma hora de espectáculo que passou num instante, para desagrado dos presentes que queriam mais e mais.
( com Sapo Angola)