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    Dirigentes partidários defendem imortalização de José Eduardo dos Santos no encerramento do Luto nacional

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    O luto nacional de setes dias decretado pelo Chefe de Estado em memória ao ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, termina à meia-noite de hoje.

    Ontem, o dia foi reservado para as homenagens dos partidos políticos, antigos combatentes e veteranos da pátria, deputados e funcionários da Assembleia Nacional, bem como representantes da sociedade civil. Num clima de muita consternação, antigos combatentes caíram em prantos, no momento em que se aproximavam do retrato de José Eduardo dos Santos, aonde depositavam flores. Houve até quem não conseguisse assinar o livro de condolências.

    Durante os últimos dias, centenas de pessoas, entre políticos, entidades eclesiásticas, diplomatas, representantes de organizações não governamentais, associações, médicos, enfermeiros, professores, trabalhadores de operadoras de lixo e funcionários de instituições públicas e privadas acorreram à Praça da República, para renderem homenagem ao ex-Chefe de Estado.

    Desde a abertura oficial do livro de condolências, pelo Presidente da República, João Lourenço, fiéis de igrejas reconhecidas no país marcam presença no local, entoando louvores que transmitem paz, tranquilidade e refrigério à alma.

    Passaram, igualmente, pela Praça da República, no Memorial Dr António Agostinho Neto, mais de 30 grupos corais. Todos com o mesmo objectivo: o de agradecer a Deus pelo tempo que permitiu a presença física de José Eduardo dos Santos entre os angolanos, disse, ontem, o reverendo Francisco Domingos Sebastião, pastor presidente da Assembleia de Deus Pentecostal do Maculusso, em Luanda.
    Luísa Damião: “Foi promotor da paz”

    Luísa Damião, vice-presidente do MPLA, foi, ontem, homenagear o ex-Chefe de Estado. A também deputada descreveu José Eduardo dos Santos como “um filho de Angola, patriota que, desde muito cedo, abraçou os ideais do partido, assumindo a sua liderança e a do país, com 37 anos de idade”.

    A vice-presidente do partido no poder considerou ainda José Eduardo dos Santos “um construtor de pontes, promotor da paz e reconciliação, bem como um hábil diplomata que, em momentos de Guerra Fria e de muita adversidade, sempre soube se posicionar”.”A sua entrega, dedicação e empenho pessoal no processo da paz mereceu-lhe o cognome de Arquitecto da Paz”, reconheceu a dirigente partidária, para quem José Eduardo dos Santos “é filho de Angola, um estadista de carreira internacional, que deixa um contributo inquestionável à História de Angola e dos angolanos”.

    Luísa Damião disse acreditar que José Eduardo dos Santos vai ser recordado pelos seus feitos e, principalmente, por ter trazido a paz e promovido a reconciliação nacional. Com os olhos inundados de lágrimas, Paulo Pombolo lembrou que, aos 27 anos, veio trabalhar para o partido, em Luanda, e já participava em reuniões com o ex-Presidente da República. “Ele foi um patriota, um Presidente amigo, camarada que, durante 38 anos, esteve à frente dos destinos do país e da formação de quadros. Hoje somos fruto do seu empenho e dedicação. São muitas as recordações. Quero apenas que a sua alma descanse em paz”.

    Benedito Daniel: “País perdeu um grande líder”

    Depois do MPLA, surgiu o PRS. O presidente do partido, Benedito Daniel, considerou que o país perdeu um grande líder, um filho que dedicou a sua vida para a causa de Angola e prosperidade dos angolanos. “Os feitos que nos deixou ficarão para sempre nas nossas memórias”, afirmou.

    O também deputado descreveu, ainda, José Eduardo dos Santos como “um estadista africano incomparável”, que trabalhou para a África e o mundo. Ao referir-se ao impasse que se regista entre o Estado e a família relativamente a transladação do corpo de José Eduardo dos Santos para o país, Benedito Daniel disse esperar que sejam resolvidas todas essas situações e que o ex-Presidente possa ser enterrado na terra que lhe viu nascer.

    “Nós, o povo angolano, apelamos à sensatez dos familiares e do Governo, no sentido de reverem as consciências, que tenham um espírito de perdão e pensem no povo”, exortou. O líder partidário afirmou que a população está magoada com a morte e mais magoada ainda está por não poder chorar diante do corpo do Presidente José Eduardo dos Santos”.

    França Van-Dúnem: “Paz na África Austral é fruto de José Eduardo dos Santos”
    Com a sua voz melancólica, França Van-Dúnem, antigo Primeiro-Ministro, lembrou que trabalhou com José Eduardo dos Santos em quase toda a sua vida e que juntos conseguiram manter unida a Nação, trazer a paz para África Austral e ajudar outros povos que lutavam pela independência.

    O também antigo presidente da Assembleia Nacional justificou a homenagem a José Eduardo dos Santos com o facto de o ex-Presidente ter traçado as linhas para a ajudar na implementação da Resolução 435 do Conselho das Nações Unidas, que, de certo modo, trouxe a independência para o Sudoeste africano, hoje República da Namíbia, e também deu um grande contributo à libertação de um ícone do continente, Nelson Mandela.

    “Estou muito agradecido pelo contributo que deu ao país, pelos anos de convivência que tivemos. Por juntos lutarmos e trabalharmos para uma Angola em paz e reconstruída”, exprimiu.

    O grupo parlamentar do MPLA também homenageou o ex-Presidente da República. A delegação foi encabeçada pelo líder do grupo. Virgílio de Fontes Pereira lamentou o infortúnio, afirmando que será muito difícil para todos enfrentar a morte de José Eduardo dos Santos porque foi um ícone e deve ser exaltado pelo seu empenho na proclamação da independência e da integridade nacional, envolvimento na promoção do multipartidarismo e na proclamação da paz, o seu principal feito.

    A reconciliação nacional, disse, trouxe aos angolanos a oportunidade de terem uma vida como irmãos, reconstruindo o país e consolidando a democracia. “Outro momento que deve ser lembrado é o lançamento das bases para o desenvolvimento económico de Angola. No plano institucional, penso que são estes os feitos de José Eduardo dos Santos”, considerou Virgílio de Fontes Pereira, que disse acreditar que o ex-Presidente “será imortalizado como um bom patriota”

    À Praça da República foram também muitas mulheres, a maioria das quais filiadas na organização feminina do MPLA. Em representação de todas, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, disse que José Eduardo dos Santos jamais será esquecido. “O seu legado será sempre lembrado”, afirmou.

    Fonte: Jornal de Angola

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