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    Filósofo relaciona as telas à construção de muros entre os seres humanos

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    Fabiano de Abreu, psicanalista, neurocientista, filósofo e pesquisador, traz para as relações pessoas a ideia de construir pontes em vez de muros, disfarçados no formato de smartphones

    Até o Papa Francisco já afirmou que a humanidade deve construir pontes no lugar de muros, diante dos inúmeros conflitos e crises humanitárias que assolam milhares de populações e países. Neste contexto, o pesquisador da mente humana com formação em Harvard, nos Estados Unidos, Fabiano de Abreu, traz esta ideia para as relações pessoais, partindo deste microcosmos para o todo. “O mundo é um lugar de partilha, apesar de negarmos esse fato”, analisa o neurocientista, filósofo e psicanalista. Entretanto, esta partilha tem sido meramente física em função de um inimigo social disfarçado de ferramenta de comunicação: os celulares.

    Fabiano destaca que o ser humano é por natureza social e que, portanto, jamais devemos descuidar daqueles que nos são caros. “Somos seres sociais que crescemos com as trocas, em ajudar e ser ajudados. Todos têm algo a oferecer e não devemos descuidar principalmente daqueles que nos são mais importantes”. O alerta vem pelo fato de observar uma tendência nefasta neste sentido, o distanciamento entre as pessoas, a construção de muros imaginários que afetam profundamente as relações em diversos contextos. Distanciamento nem sempre físico. O maior exemplo são locais lotados mas com pouca ou nenhuma conversa, em que todos são vistos lado a lado em seus smartphones, interagindo com diversas pessoas, exceto com quem está ao seu lado. “Muitas vezes, construímos muros que nos desligam de quem se preocupa conosco, pessoas essas que estão ali principalmente nas ocasiões difíceis e que têm sempre uma palavra de conforto e um gesto de carinho”, analisa.

    As telas têm exercido este papel de muro. Não apenas pelo fato das conversas no plano físico terem diminuído em função da atenção dada aos aparelhos, mas por outros motivos também. “O mundo digital tornou-se um terreno fértil para aqueles que parecem sentir-se felizes com os ataques gratuitos e sem sentido, a tela tornou-se um muro de impunidade”, afirma referindo-se aos ataques e ofensas nas redes sociais que dão aos agressores a sensação de impunidade por não estarem de frente com o agredido. “Exatamente por todos estes motivos devemos valorizar quem está presente, quem está do lado, quem tem uma palavra real”. Portanto, o apelo, é para construção de relações genuínas, em que as conversas online sejam apenas um complemento das interações físicas, bem como as redes sociais devem ser usadas para unir. “O nosso pensamento naqueles que nos são queridos deve ser diário, o nosso agradecimento não deve ser adiado, são essas pessoas que nos amparam no nosso caminho e muitas vezes se tornam luz no meio dos nossos pensamentos mais confusos e obscuros.A nossa atitude perante a vida deve ser reta e os nossos comportamentos perante os outros devem ser reflexo de como gostaríamos de ser tratados também”.

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