A atribuição do Leão de Ouro ao Pavilhão de Angola na 55 Bienal Internacional de Arte de Veneza fez manchete na imprensa italiana, com destaque para o jornal L’Espresso ” que aponta: “Um pavilhão assim esmagaria qualquer um”.
O Il Sole 24 Ore, o maior quotidiano económico da Itália, revela as razões pelas quais o júri concedeu o prémio mais alto a Angola, “O Leão de Ouro, pela melhor participação nacional, pela capacidade do artista e dos curadores que juntos reflectem sobre o irreconciliável e complexidade do conceito da localização”.
O comentário do Il Sole 24 Ore é corroborado pelo L’Espresso, jornal de media tiragem, que acrescenta: “É claro que foi um bom trabalho. Um prémio com coragem de confronto, mas é para dizer também que foi uma luta desigual com os outros pavilhões. Um pavilhão assim esmagaria qualquer um”.
No La Repubblica, o segundo jornal italiano com maior tiragem, lê-se: “Luanda, Cidade Enciclopédica” é “uma impressionante instalação da exposição”, também constituída por uma colecção de pintura e escultura denominada “Angola em Movimento”.
O Il Mattino intitula a sua peça sobre o assunto: “O leão ruge em Angola” e define-o como “um veredicto geográfico amplo, cujo prémio foi recebido por uma ovação de pé.”
Por sua vez, o Il Giornale define “uma surpresa agradável, pois o Pavilhão que fala da capital do Estado Africano é realmente um dos melhores espaços fora do Arsenale e do Giardini”, locais onde se encontram outros pavilhões.
“Um prémio amplamente compartilhado pelos críticos internacionais” – descrevem portais de informação, arte e cultura.
“Chagas é um fotógrafo cuja obra explora os parâmetros de fotojornalismo. A série fotográfica que desenvolveu é uma documentação sistemática de Luanda, um catálogo de objectos abandonados ao redor da cidade que foram reposicionados, a criação de uma taxonomia alternativa da capital angolana” – reportam blogs de arte e cultura.
O Corriere della Sera, jornal com maior tiragem da Itália, detalha como foi emocionante a entrega do Leão de Ouro a Angola e transcreve as palavras da ministra Rosa Criz e Silva: “Para nós, estar aqui, foi um empenho extraordinário, mas queremos mostrar que o País concentra-se na cultura”.
O diário cita o ministro italiano da Cultura Massimo Bray: “Estou muito feliz de estar aqui em Veneza, pelo prémio de Angola. O seu pavilhão emocionou-me”.