A médica especialista em cirurgia plástica, Yanessa Filipe, e o personal trainer Ricardo Buta, que participaram nesta terça-feira (23), na Rubrica “Saúde para o Povo”, do Programa dia Alegre, da Platina FM, onde abordaram vários assuntos relacionados ao tema Jarda, que é uma problemática na nossa sociedade que afecta gravemente a saúde de quem faz o uso, e deixaram conselhos às pessoas que fazem ou pretendem fazer uso.
“Jarda não é para fazer (…) Não aconselho a usar, nem introduzindo no ânus nem a colocar em seringa, porque é o que habitualmente essas meninas fazem, misturam tudo, põem água e injectam. Você pode morrer numa dessas aplicações (…) Comam bem, treinem bem e se vocês virem que no final das contas, mesmo treinando bem o glúteo não ficou desenvolvido procurem um cirurgião plástico, tira a gordura de algum lugar e coloca no glúteo.”, apelou a cirurgiã plástica.
“Não usem jarda, vocês vão mesmo morrer. Para os miúdos que estão a começar e querem ter um corpo bonito, um corpo de verão, vocês conseguem sem necessariamente recorrer a jarda (…) Treinem, não usem jarda, e comam bem(…) É duro, exige muito trabalho e investimento, mas vão conseguir com saúde. Quando a estética sobrepõe a saúde nada corre bem”, aconselhou o personal trainer.
O personal trainer e a médica, explicaram que o termo popular “Jarda” era usado no meio desportivo para falar de indivíduos que usavam anabolizantes esteróides no contexto do fisioculturismo, e que hoje em dia passou a ser usado para designar pessoas que usam substâncias prejudiciais à saúde com fins estéticos e desportivos, aumentando uma zona de corpo, como glúteos ou braços, causando uma desproporção em relação as outras partes do corpo e deformidade na região que se aplica.
De realçar que, a cirurgiã plástica mencionou substâncias usadas para jardar como: hormónios injectáveis (testosterona e progesterona) de forma errada, gel para ecografias, mistura de combustível de avião e silicone industrial, caldo de galinha e hidrogel, tendo como objectivo ganho imediato e ganho monetário, causando problemas de saúde para terem o tão desejado “corpo perfeito”, que na verdade, segundo a explicação, não é correcto, visto que cada pessoa deve ter os seus objectivos de acordo ao tipo de corpo que possui.