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    O nosso Mark Zuckerberg

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    No mundo que eles próprios ajudaram a consolidar, o ciberespaço, Bill Gates e os que com ele estiveram na génese do que seria depois o gigante da informática Microsoft, existe disponível uma foto de família que parece a antítese perfeita do sucesso: um punhado de adolescentes rendidos à onda hipye, farta cabeleira em quase todos e um ar descuidado a insinuar tudo menos credibilidade.

    A célebre foto vem acompanhada de uma legenda que diz tudo: “alguém daria um tostão furado por esta equipa de criadores, à época?” O registo documental tem servido para sacudir consciências e lembrar à Humanidade uma verdade quase tão antiga como ela própria: os homens não se medem aos palmos.

    Se não bastasse o exemplo do criador do mais utilizado dos aplicativos operacionais da Informática, o Windows, temos mais para cá, no tempo, a história igualmente fenomenal de Mark Zuckerberg, o adolescente norte americano que aos 19 anos de idade criou aquela que é provavelmente a rede social mais dinâmica de quantas se conhecem no mundo das relações tornadas possíveis pelo alinhamento dos computadores em rede, o Facebook.

    UM ANGOLANO NO CAMINHO

    Evanerson Leandro Varo Kaputo, jovem angolano de 22 anos que em Junho de 2012 recebe na Coventry University da Grã Bretanha o seu diploma de engenheiro electrónico, pode vir a subscrever uma dessas histórias que ficam nos registos de memória imperdível.

    No princípio, era apenas mais um de entre os milhões de frequentadores da utilíssima invenção de Mark Zuckerberg, o Facebook, mas a dado passo dessa relação de proximidade, Leandro Kaputo mudou de campo: de utilizador satisfeito transitou para estudioso do meio, investindo curiosidade e inteligência na busca de ferramentas e diálogos que pudessem agregar alguma coisa de novo à descoberta do adolescente norte-americano agora convertido em multimilionário aos 26 anos.

    Nem tarde nem cedo, o estudante angolano de uma das mais prestigiadas universidades em terras de Sua Majestade chegou a um feito que o catapultou para a fama, a criação de uma rádio online disponível no universo do Facebook.

    “Tudo começou como um trabalho de curso que fiz em laboratório na minha faculdade. O resultado é uma rádio não comercial que todos aqueles que estão registados na rede social Facebook podem escutar”, explica a O PAÍS

    Leandro Kaputo, com a modéstia dos grandes talentos em progressão.

    RÁDIO 300 NA REDE

    A descoberta está ali. Basta ir à barra de pesquisa da popular rede social, colocar Rádio 300 e a conexão acontece. Para já, apenas uma emissão leve, com música do mundo, entre ela a do país do criador, Angola.

    Porquê Rádio 300? quis logo saber O PAÍS. “Muito simples a razão do nome. No dia em que ela começou a emitir, 16 de Março de 2011, chegámos aos 300 internautas/ouvintes. Decidimos então que passaria a chamar-se Rádio 300. E assim ficou”, esclarece o futuro engenheiro electrónico, que defende de maneira acérrima o seu trabalho: “ Não conheço nenhuma outra Rádio com as características da nossa; não é uma Rádio convencional, está feita para funcionar num ambiente específico, o do Facebook”.

    Tratando-se a rede criada por Marck Zuckerberg de um bem intelectual salvaguardado por direitos de propriedade, é óbvio que se coloquem à iniciativa do estudante angolano questões de natureza legal.

    Segundo apurou O PAÍS do próprio, negociações estão em curso com os administradores do Facebook, que vêm de longe. “Quando estávamos a trabalhar ainda em laboratório e percebemos que a Rádio poderia mesmo vir a funcionar, avisámos logo o Facebook. A minha Universidade nisso tem sido muito cautelosa, não deixa de lado nenhuma situação que possa vir a ser problemática amanhã”, precisou.

    Desde há um mês que a Coventry University saboreia a performance científica do seu estudante angolano.

    Um trabalho de curso, com indícios fortes de nunca vir a ser lembrado como mais um apenas. Pode estar ainda numa fase embrionária – até ao dia da conversa do criador da Rádio 300 com O PAÍS havia registo de 700 ouvintes -, “sem ainda uma programação, nem conteúdos que obedeçam a alguma linha editorial”  mas o certo é que o sinal está lá.

    Só a formação

    Leandro Kaputo, de quem certamente a sociedade angolana ouvirá falar mais tarde por tudo o que revela, desde já, como potencial de estudioso e cidadão, não tem dúvidas em relação aos caminhos que os rapazes e raparigas da sua geração deverão seguir: “O meu conselho é o que o meu pai me diz sempre, nada na vida se consegue sem sacrifício”.

    Peremptório, deixou uma receita: “para os que vivem no estrangeiro, primeiro o estudo e depois a diversão. A formação é essencial, é tudo; é algo que ninguém nos tira”.

     

    por Luis Fernando  do jornal o pais 
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