O Papa Francisco defendeu, pela primeira vez, que os homossexuais têm o direito de constituir família, e devem ser protegidos pelas leis de união civil.
As declarações constam no novo documentário, denominado “Francesco”, lançado esta quarta-feira.
“HOMOSSEXUAIS TÊM O DIREITO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. SÃO FILHOS DE DEUS”, defendeu o líder máximo da igreja cristã.
O filme, no âmbito do qual foi entrevistado, aborda questões com as quais o Papa Francisco mais se preocupa, incluindo ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e discriminação.
O biógrafo do Vaticano, Austen Ivereigh, destaca que estas declarações do Papa, à propósito do casamento homossexual, são das mais “claras”, desde que Francisco assumiu o cargo, em 2013.
“O QUE TEMOS DE TER É UMA LEI DA UNIÃO CIVIL. DESSA FORMA, ELES ESTÃO LEGALMENTE COBERTOS”, frisou.
Enquanto servia como arcebispo de Buenos Aires, Francisco defendeu a união civil para casais homossexuais, no entanto nunca até hoje se tinha manifestado sobre o assunto, na qualidade de Papa.
O diretor do documentário destacou, em entrevista à agência espanhola Efe, a evolução de Francisco em relação ao flagelo dos abusos e a sua capacidade de “APRENDER COM OS ERROS”.
Um desses erros, que o Papa mais tarde reconheceu, aconteceu em 2018, quando não acreditou nas vítimas de abuso sexual por padres, no Chile, e pediu provas, indignado, mas, logo depois de pedir perdão, recebeu as vítimas em Roma e desencadeou a renúncia dos bispos chilenos.