A participação de Angola na 56º edição da Bienal Internacional de Artes de Veneza, cujo pavilhão foi inaugurado nesta quarta-feira, marcou a semana de educação&cultura que hoje, sábado, termina.
A representação de Angola está localizado no Palazzo Pisani, em Campo Santo Stefano, onde até ao dia 22 de Novembro estará patente um conjunto de obras de cinco artistas.
Trata-se de obras dos artistas António Ole, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Francisco Vidal e Nelo Teixeira, tendo como curador António Ole.
Sobre o assunto, a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, afirmou ser uma das premissas do Executivo Angolano no que se refere ao exercício de uma diplomacia cultural actuante, em que o intercâmbio cultural, o debate e diálogo frutuoso com os pares dispersos pelo mundo são um ponto de honra.
Em mensagem lida na cerimónia de abertura do pavilhão de Angola, a ministra destacou que Veneza tornou-se já num lugar de encontro e reencontro, um itinerário obrigatório, em que as artes angolanas se propõem assumir um papel de destaque, pois promovem e intensificam os valores da Paz e da concórdia mundial.
O anúncio do vencedor da 6ª edição do Prémio Literário Jardim do Livro Infantil mereceu igualmente destaque, ao longo da semana, na media.
O prémio da presente edição, cuja entrega e outorga terá lugar durante o evento em Junho, coube ao escritor Chibalabala, pseudónimo literário de Valdemar Carlos Vicente Mendes Sakwesa, com a obra “Era uma vez na Terra do Tomate”.
Segundo o júri presidido pela escritora Cremilda de Lima, a distinção é resultado da criatividade, movimento, perspectiva pedagógica onde explora prosa e poesia aliados a uma linguagem adequada à faixa etária a que se destina.
Ao longo da semana, em termos culturais, foi ainda destaque a afirmação do académico Filipe Zau segundo a qual Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade, Alda do Espírito Santos, entre outros, foram escritores revolucionários, intelectuais e continuam a ser como verdadeiros expoentes da literatura africana de expressão portuguesa.
Filipe Zau disse que por ironia do destino na década de 50, a Casa dos Estudantes do Império ( CEI ) e o Centro de Estudos Africanos ( CEA ), duas associações africanas, sendo a última clandestina, juntaram numa mesma agremiação, homens e mulheres de elevada estrutura política e intelectual das ex-colónias portuguesas em África e do Brasil.
No domínio educativo mereceu a atenção da imprensa a inauguração de duas escolas do primeiro e segundo ciclos nos municípios de Belas e do Icola e Bengo, em Luanda. As duas escolas instituições têm 12 salas de aulas cada, uma biblioteca e uma sala de informática. Falando à imprensa à margem da cerimónia de inauguração, o director do gabinete de educação da província de Luanda, André Soma, reafirmou que a qualidade no sector de ensino, é uma das metas do executivo, apesar de estarem ainda aquém do desejado.
André Soma confirmou esta intenção após a inauguração de duas escolas nos municípios do Belas e de Icolo e Bengo, pelo governador provincial de Luanda, Graciano Francisco Domingos.
Segundo o director, a aposta é a qualidade, mas a qualidade não pode surgir enquanto não houver quantidade de escolas. E é necessário que se alcance esse objectivo para a elevação do nível do ensino na capital do país.
Angop/Platinaline