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    pornografia: Com um clique, o seu filho pode ver imagens demasiado chocantes…

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    Entre os adolescentes, a influência é generalizada. Estarão as gerações mais novas escravizadas pelo sexo kinky ou terão o bom senso suficiente para ver mais além?

    Tom tinha nove anos quando viu pela primeira vez pornografia na Internet. Ao princípio, era o seu pequeno segredo, algo que ele fazia aí uma vez por mês. Mas, aos 12 anos, navegava por sítios pornográficos todas as noites, debaixo das cobertas da cama. Para esconder o que fazia, camuflava as imagens favoritas em documentos do Word.

    Aos 15 anos teve a primeira experiência sexual com uma rapariga. Por essa altura, já há seis que via pornografia na Internet; quase tudo o que sabia sobre sexo aprendera-o em sites explícitos. Aos 17, teve a primeira namorada a sério, e recorda: “A minha cabeça estava cheia de um misto de fantasias e cenários bastante inadequados.” Como não admira, quando chegou o momento de fazer amor com uma pessoa real e de quem gostava, Tom não fazia ideia de como se comportar.

    Toda uma geração de adolescentes está a ser contaminada pela pornografia na Internet antes de ter oportunidade de praticar sexo ou de ter uma relação genuína. A deputada inglesa Claire Perry, a nova representante dos Tories pelo círculo de Devizes e mãe de três filhos, diz que “o horror da pornografia está apenas à distância de um clique”. O ano passado, na Câmara dos Comuns, exigiu que os nove principais fornecedores de serviços de Internet (ISPs) limitassem o acesso a pornografia a menos que os clientes o requeressem especificamente. “Um terço das crianças inglesas com 10 anos de idade já viuram pornografia na Internet, ao passo que quatro em cada cinco adolescentes entre os 14 e os 16 anos admitem aceder regularmente a fotografias e vídeos explícitos nos seus computadores de casa”, afirmou no debate.

    O mundo online está inundado de pornografia. Um em cada quatro cliques tem a ver com ela, e o valor da indústria a nível mundial está estimado em mais de 60 mil milhões de libras [cerca de 72 mil milhões de euros] anuais. Gail Dines, a respeitada autora de Pornland, um livro recente sobre o tema, quantifica: “Há 420 milhões de páginas pornográficas na Internet, 4,2 milhões de sites pornográficos e 68 milhões de pesquisas de pornografia diárias.”

    Dos vídeos de Lady Gaga aos anúncios dos jeans Calvin Klein e aos saltos de prostituta, a estética porno generalizou-se. “Vemos anúncios que remetem para a violação em grupo e outros em que as mulheres são reduzidas a partes desmembradas”, concluía no início deste ano um relatório do Home Office inglês sobre a sexualização dos jovens. “Os constructos visuais icónicos da pornografia estão a contribuir para a emergência de uma caricatura do que significa ser mulher. Ser bonita, ser atraente, ser sexy já não tem a ver com a individualidade, mas com o preenchimento de itens numa lista de verificação: seios grandes, lábios carnudos, bronzeado artificial, extensões de cabelo, unhas postiças – e juventude, claro.”

    A Internet transborda de clipes e vídeos que mostram sexo com detalhe gráfico – e muito desse sexo parece ter mais a ver com dominação do que com amor.

    Martin Amis, que já muito tem escrito sobre hard-core, descreveu a pornografia como “uma paródia do amor” que se dirige “aos seus opostos, que são o ódio e a morte”. Qual é, no entanto, o verdadeiro custo social ligado ao consumo maciço de pornografia?

    Tom tem agora 19 anos e está no primeiro ano da universidade. É um bonito rapaz, ponderado e simpático, com muitos amigos e namoradas. Porém, o seu vício em pornografia, tal como o de muitos da sua geração, começou cedo. “Muito cedo. Tinha nove anos quando recebi o meu primeiro computador, com acesso à Internet, para usar no meu quarto. Os meus pais estavam em processo de separação e não me vigiavam muito de perto.” Inicialmente, Tom ficou fascinado mas também bastante assustado com as imagens que encontrou. “De longe a longe, voltava a olhar para elas. Na altura, não era nada muito hard-core – só fotografias, um bocadinho como as da Playboy. Por volta dos 12 anos, já via pornografia todas as noites e imprimia imagens que trazia comigo para levar para a casa de banho, durante o dia. Era um vício sério. E também tinha expectativas muito altas em relação às raparigas, por causa de toda a pornografia que já vira.”

    Na pornografia, claro, as mulheres estão sempre disponíveis para o sexo. Mesmo que ao princípio digam que não, não estão a falar a sério, e dali a minutos estão ofegantes e a pedir mais.

    Perguntei a Tom como tinha sido o seu primeiro namoro e como o seu “misto de fantasias e cenários” afectara a relação. “Foi uma relação muito bonita, muito terna, mas não tínhamos muitas oportunidades de estar juntos porque eu estava num colégio interno e ela vivia na província”, conta Tom. “Mas um dia estávamos numa festa e eu convenci-a a vir comigo à casa da piscina. Era uma oportunidade perfeita para termos relações sexuais. Ambos tínhamos bebido um copo a mais. Eu estava muito excitado e com pouca sensibilidade para a situação. Para dizer a verdade, fui um pouco brusco, um pouco rude… enfim, talvez mais do que ‘um pouco’. Acabou por não acontecer, porque fomos surpreendidos, mas estive muito perto de a desflorar de uma forma algo brutal… quase forçando-a.” Tom interrompe o seu relato, envergonhado.

    Sente-se chocado com a diferença entre a forma como a pornografia tinha moldado a sua visão do sexo e os seus sentimentos pela namorada. “Foi como se toda a pornografia que vira tomasse de repente conta de mim. A maior parte do que vejo é… bastante intenso, hard-core. Estive a ponto de ser muito bruto com uma rapariga que era virgem e isso assustou-me muito.”

    Um estudo feito pela London School of Economics junto de crianças e adolescentes dos nove aos 19 anos (UK Children Go Online, 2005) revelou que 31% tinham visitado sites com “conteúdo violento ou horrendo”, embora só 8% dos pais estivessem ao corrente disso.

    Outro estudo de 2008, realizado pela empresa YouGov junto de mais de 1400 jovens britânicos entre os 14 e os 17 anos, apurou que 27% dos rapazes acediam a conteúdos pornográficos todas as semanas, e 5% (como Tom) todos os dias. O estudo revelou também que 58% já tinham visto pornografia na Internet, pelo telemóvel, em revistas, em filmes ou na televisão.

    Peter Watts, que trabalha para a Living Waters, uma organização cristã que ajuda as pessoas a ultrapassar, entre outras, a adição sexual, diz: “A pornografia enforma não só a ideia que os rapazes têm do sexo como a ideia que fazem dos relacionamentos. Falo com cada vez mais homens para quem a pornografia é um modelo de relacionamento e que pensam que as mulheres, na vida real, se comportam como as que vêem na Internet – o que se revela uma catástrofe.”

    Esta influência corrosiva nas atitudes masculinas foi ainda demonstrada por um estudo de 2006 realizado para a publicação Journal of Applied Social Psychology, que comparava homens a quem era mostrada pornografia (em ambiente laboratorial) ou sitcoms. Os que viam pornografia “valorizavam menos a fidelidade sexual e mais o sexo casual”. Mas o dado mais preocupante é que eram substancialmente mais agressivos – sobretudo os que tinham visto as imagens sexuais mais hard-core.

    “No meu grupo, o sexo é alg
    o bastante casual”, afirma Chloe, uma rapariga de 16 anos pertencente à classe média. “Não é preciso namorarmos para termos relações sexuais. A maior parte das pessoas que conheço devem tê-lo feito pela primeira vez por volta dos 14 anos. Algumas das minhas amigas já dormiram com seis ou sete rapazes.”

    Um produto secundário da pornografia são os cuidados obsessivos com o púbis feminino. Os jovens “educados” através da imagética da Internet esperam que todas as raparigas se depilem como as estrelas porno, pelo que se tem verificado uma explosão nas vendas de máquinas e cremes de depilação do púbis. Há até estilos, como o brasileiro (é deixada uma “faixa de aterragem”) ou o Hollywood (a remoção é integral). Os jovens com quem falo exprimem a sua aversão em estar com uma rapariga não depilada. “Que horror! Eu dava logo de frosques!”, disse um. “Com tudo cheio de pêlos? Nem pensar! Era logo ponto final”, declarou outro.

    Para as jovens, a pressão da pornografia não se fica pela depilação. O visual de estrela porno – corpo esbelto, seios pneumáticos e lábios polpudos – é quase impossível de obter sem artifício. Para ser magra e, ao mesmo tempo, ter seios enormes, é necessária uma cirurgia; para encher os lábios e os seios são precisas injecções de colagénio e implantes de silicone.

    O consumo de pornografia não afecta só a forma como os homens gostam da aparência das suas mulheres, mas também o que querem que elas façam. Num estudo que incidiu sobre 718 adolescentes suecos de 47 turmas do ensino secundário, 29% afirmaram que a pornografia influenciara o seu comportamento sexual.

    E, evidentemente, a influência da pornografia estende-se para além dos rapazes, que são os seus maiores consumidores. A cultura sexual que abraçam define as expectativas das jovens que os rodeiam. Eis novamente a opinião de Chloe, desta feita sobre sexo oral. “Ah, isso? Nem sequer conta… É muito frequente. Vendo isso seja na Net seja na televisão, achamos que também temos de fazer.”

    A outra alteração na ementa é a proliferação daquilo a que se poderia chamar “sexo não procriativo” – não só oral mas também anal. Este último é um elemento fundamental da pornografia na Internet. Consequentemente, os rapazes não só falam dele como querem experimentá-lo. Ana, de 16 anos, residente em Birmingham, conta-me como uma rapariga que andava na sua escola foi pressionada a manter sexo anal com um rapaz com quem andava. “Os rapazes só falam de sexo anal”, diz. “Sei que vêem isso na Internet, e há raparigas que o praticam, mas a maioria não fala disso. É um assunto privado.”

    No âmbito do estudo do Instituto Witherspoon, três investigações diferentes revelaram uma forte associação entre o consumo de pornografia e a prática de sexo oral e anal entre adolescentes. “Isto acontece apesar de a maior parte das raparigas qualificarem o sexo anal como uma experiência negativa (…) e, tendo-se apurado que o uso de preservativo é baixo na prática de sexo anal [heterossexual] (apenas 40%), as raparigas têm maior probabilidade de exposição a doenças sexualmente transmissíveis através de contacto anal e oral-genital.”

    Outra obsessão dos rapazes que está generalizada na Internet é ver “raparigas com raparigas”, segundo Jane, de 18 anos. “Estão sempre a pedir-nos que nos beijemos umas às outras”, explica com uma risadinha. “E nós fazemo-lo porque isso os deixa loucos, porque queremos que eles se interessem por nós e que avancem. Eles adoram ver raparigas reais a beijar-se, e nós fazemos-lhes a vontade.”

    “Da maneira como a pornografia é mostrada, é sempre intensa e impessoal, e isso tem impacto”, diz Jenny, de 17 anos. “O sexo à bruta é visto como aceitável, é mesmo assim. E não está só na pornografia, mas em filmes de Hollywood como Mr. and Mrs. Smith, que tem uma cena muito apaixonada e violenta, ou em vídeos de música como Love the Way You Lie, do Eminem.”

    É a mistura de sexo e violência online que mais preocupa os psicólogos. O estudo do Instituto Witherspoon manifesta preocupação com a “brutalidade” de muitas das imagens da Web: os rapazes ficam com a ideia de que ter relações sexuais com uma mulher é “semelhante a uma violação”. E cita uma ligação preocupante entre a exposição precoce à pornografia e os crimes sexuais praticados por adolescentes: num estudo que teve como objecto 30 jovens que tinham cometido crimes sexuais, 29 viam vídeos pornográficos desde os sete anos. A explicação dos psicólogos para este fenómeno é que os consumidores adultos conseguem distinguir entre a realidade (sexo real) e a ciber-realidade (cenas forjadas de violação e violência), ao passo que as crianças e os adolescentes têm dificuldade em estabelecer essa distinção.

    Heather Wood, psicóloga clínica na Clínica Portman, em Londres, afirma: “As imagens vistas no início da adolescência ficam indelevelmente gravadas no cérebro. Os cenários vistos nessa fase têm uma capacidade única para moldar aquilo que os jovens irão achar excitante ou as fantasias que terão ao longo da vida adulta. E o grau de sadismo é um factor particularmente importante.”

    O estudo Witherspoon concorda: “Em síntese, prova-se que a prevalência da pornografia nas vidas de muitas crianças e adolescentes é muito mais importante do que pensa a maior parte dos adultos, e que ela está a deformar o desenvolvimento sexual saudável dos seus consumidores jovens.”

    Felizmente, os adolescentes de hoje lidam com o seu corpo de uma forma mais livre, descomplexada e até ousada. Porém, referem igualmente o efeito dessensibilizador da pornografia: quanto mais se usa, mais se precisa. Para haver excitação, podem ser necessários estímulos cada vez mais extremos. “É muito fácil darmos por nós a deslizar para cenários verdadeiramente obscenos”, avisa Tom. “Começamos a sentir-nos excitados com coisas que, normalmente, nos dariam a volta ao estômago. É tão fácil continuar a clicar e clicar…” Este fenómeno é conhecido dos investigadores, segundo os quais um intenso bombardeamento de imagens super-realistas habitua a imagens sórdidas os consumidores crónicos de pornografia, que acabam por visionar, sem sentir repugnância, conteúdos que dantes consideravam tabu.

    Adeoloa Agbebiyi acaba de concluir, na Faculdade de Birkbeck, um mestrado sobre o modo como os adolescentes lidam com conteúdos problemáticos, em especial com a pornografia, e descobriu que os rapazes usam o termo “embotar” para descrever como desligam a parte analítica do cérebro enquanto vêem algo especificamente destinado a excitarem-se sexualmente. Eles reconhecem que estão a desfrutar de uma coisa que, a outro nível, sabem ser nociva, e atingem algum grau de sofisticação na descrição do estado alterado em que entram.

    A orientadora de Agbebiyi em Birkbeck, Belinda Brooks-Gordon, leitora de Psicologia e Políticas Sociais, confirma-o. Trabalha nesta área há 30 anos e defende que os jovens têm mais discernimento do que as gerações mais velhas supõem. “Não nos esqueçamos de que os miúdos de hoje em dia sabem descodificar os media”, diz. “São muito sofisticados na leitura que fazem do que vêem. Há um reconhecimento [da sua parte] de que a pornografia é uma má professora, que leva a uma pressão acrescida junto das raparigas para terem uma determinada aparência e para fazerem certas coisas, e de que não corresponde ao que o sexo é na realidade.”

    Num estudo realizado em 2008 com universitários americanos, 31% das jovens afirmaram consumir pornografia (nos rapazes, esta percentagem ascendia a 87%). Outro estudo revelou que um terço das jovens já tinham visto pornografia, mas não especificando se o tinham feito sozinhas ou com os parceiros.

    Os planos de Claire Perry para obrigar os consumidores de pornografia a requerê-la especificam
    ente aos fornecedores de serviços de Internet são apoiados pela instituição britânica NSPCC [National Society for the Prevention of Cruelty to Children] e por um lóbi crescente de médicos e psicólogos. Mas a indústria da pornografia posicionou-se habilmente como campeã da liberdade de expressão, e os ISPs, como é compreensível, não querem envolver-se na questão. No entanto, as restrições são viáveis: funcionam para o jogo, em que, para se registar, os participantes têm de declarar ter mais de 18 anos. E a Internet não é o faroeste incontrolável que muitas vezes se pensa: uma campanha maciça, patrocinada pelas autoridades policiais e políticas, contra a presença de imagens de abusos sexuais a crianças, com a colaboração das empresas de serviços da Internet, teve um efeito enorme na restrição da pornografia infantil.
    Com a convergência da Internet e da televisão, não tardará que imagens identificadas com três “X” deixem de ser apenas pop-ups cheios de grão num portátil para serem fornecidas para todas as salas de estar, num Technicolor glorioso, em ecrãs de plasma de 52 polegadas. “Nessa altura”, observa Perry, “até os pais mais liberais vão ter um problema”.

    O nome de alguns entrevistados foi alterado. 

    PAIS ‘LIGADOS’

    Há formas de restringir o acesso das crianças a pornografia na Internet. Pode utilizar um filtro para o motor de busca, como o Google SafeSearch, para bloquear o acesso a sítios inadequados. Também pode descarregar um programa de controlo parental, protegido por palavra-passe, como o Net Nanny (por cerca de € 30) ou o Norton Online Family (gratuito). Muitos filtros permitem-lhe restringir o tempo que a criança passa na Net e alguns alertam-no com uma mensagem de texto se ela tentar aceder a um sítio não autorizado. Mas não há software que substitua o diálogo e a confiança. A NSPCC aconselha aos pais que falem com os filhos sobre os perigos potenciais da Internet. Em www.childnet-int.org/ encontrará muitas recomendações e conselhos práticos sobre a segurança dos seus filhos na Internet.

    EM PORTUGUÊS

    E por cá, qual o impacto do acesso precoce à pornografia na vida sexual dos jovens?
    Esta pergunta há já muito tempo foi feita por Nuno Nodin, psicólogo, investigador, formador, professor universitário no Instituto Piaget de Almada e autor de Sexualidade de A a Z (Bertrand). Mesmo antes da massificação da Internet. “Desde o aparecimento da televisão por cabo em Portugal, altura em que o canal 18, pornográfico, estava acessível a qualquer um, o tema preocupa-me”, comentou o especialista que, trabalhando na formação de professores e na Sexualidade em Linha, desde então nota ‘resíduos’ de pornografia no discurso de crianças e jovens.

    Com a presença cada vez maior da Internet nos lares nacionais, é natural que a procura em Portugal seja próxima à do Reino Unido. “E, tendo acesso, os jovens procurarão a pornografia tanto quanto os ingleses.” Para o especialista, “a exposição precoce de crianças e jovens é uma realidade que é importante assumir e enfrentar, até porque não parece provável que possa regredir”. Para Nuno Nodin, isso é um facto e deve ser encarado de forma positiva, com uma visão mais aberta e menos moralista. “Educação sexual é a resposta! Quando as crianças e jovens dão de caras com a pornografia na Internet, e darão mais cedo ou mais tarde, a Educação Sexual ter-lhes-á dado uma perspectiva crítica e a noção correcta de onde buscar informação ou esclarecimento às suas dúvidas. É impossível controlar o acesso”, refere.

    Os cuidados com acesso em geral à Internet são importantes, assim como a supervisão (não policiamento) dos mais jovens quando estão online. Mas, na opinião do psicólogo, é igualmente importante manter aberta a porta para o diálogo sobre o tema.

    NÚMEROS NACIONAIS
    No trabalho Eu e a Pornografia: a Exposição de Jovens Adultos à Pornografia e a Sua Sexualidade, desenvolvido por Andreia Matias e Nuno Nodin, Instituto Piaget, Almada, em 2004, com base em informação recolhida junto de homens portugueses entre os 20 e os 30 anos que tiveram acesso à pornografia (sobretudo em televisão e vídeos) durante a infância e adolescência verificou-se que:

    · 40% teve o primeiro contacto com a pornografia entre os oito e os 10 anos de idade, 40% entre os 11 e os 13 anos e 20% entre os 14 e os 16
    · A maioria (28%) descreve esta primeira experiência como estranha, seguida de excitante (21%), ilícita (16%) e satisfatória (11%)
    · Os sentimentos vividos nesta experiência foram: excitação (28%), curiosidade (19%), vergonha (10%), indiferença (10%) e dúvida (5%)
    · Mais da metade (55%) referiu que a pornografia influenciou a sua sexualidade
    · O tipo de influência foi a nível da aprendizagem/conhecimento (56%), da descoberta do corpo (19%), das novas aprendizagens da sexualidade (19%) e da falta de inibição (6%)
    · Cerca de 90% afirmou ainda que as suas fantasias foram influenciadas pela pornografia

    Exclusivo The Sunday Times  .  Tradução de Maria Eugénia Colaço

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