O Banco Nacional de Angola realizou, nesta quarta-feira, dia 22 de Março, no Auditório Saydi Mingas, o Fórum sobre a Liderança Feminina no Sector Financeiro, que visou destacar o papel da mulher no Sector Financeiro e a sua experiência na conciliação de outras tarefas, nos vários domínios da vida social, bem como abordar as perpectivas sobre o desenvolvimento do sistema financeiro nacional.
Ao proferir as notas de boas vindas, o Governador José de Lima Massano afirmou que o evento promove a partilha de experiências e reforçar os caminhos do equilíbrio do género na sociedade, pois, Angola, é um bom exemplo de afirmação da mulher que desde os primórdios da sua constituição como nação esteve sempre na linha da frente por um país independente, próspero e socialmente inclusivo.
O sacrifício, a resiliência e a conquista colectiva das mulheres pelo bem comum, é uma fonte de permanente inspiração para todos, mas particularmente para quem na liderança institucional ou empresarial pode influenciar comportamentos que levam a criação de valor social, asseverou o Governador do Banco Nacional de Angola.
A Primeira Dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, que prestigiou o evento, tendo efectuado a abertura do Fórum sobre a Liderança Feminina no Sector Financeiro, elogiou a iniciativa do Banco Nacional de Angola, que, na sua opinião, vem contribuir para o necessário reconhecimento do papel central da mulher na sociedade e no mundo empresarial.
Angola subiu 18 lugares no mapa “Mulheres na política: 2021”, criado pela organização União Interparlamentar (UIP) e pela ONU Mulheres. Na Assembleia Nacional de Angola o número de mulheres na lista de deputados aumentou de 26% na legislatura passada para 37, 7% neste mandato, uma alteração que coloca o nosso país na lista dos parlamentos com maior representatividade feminina. Também no nosso Governo temos uma Mulher Vice-Presidente e várias mulheres responsáveis por pastas cuja importância é capital, designadamente nas finanças, na saúde e na educação, havendo ainda outras tantas responsáveis pela governação das nossas províncias, afirmou a Primeira Dama da República de Angola.
Segundo Ana Dias Lourenço, a plena inclusão das mulheres no mundo empresarial, inclusive nos cargos de direção e chefia, é um objectivo pelo qual todos devemos lutar, pois só assim conseguiremos alcançar uma sociedade mais equitativa, solidária, justa e, por conseguinte, mais produtiva.
Convidada a encerrar o Fórum sobre a Liderança Feminina no Sector Financeiro, a Ministra das Finanças, Vera Daves, afirmou que não é possível falar de liderança feminina no sector financeiro sem se falar da sociedade de onde emerge quem, sendo mulher, exerce funções de liderança.
Vera Daves disse ainda que gerações sucessivas de meninas têm construído as suas personalidades inspiradas nas mulheres que tiveram um papel marcante na luta armada de libertação rumo à Independência, na reconstrução do País e na promoção do desenvolvimento socioeconómico.
Em representação do Banco Nacional de Angola, a Administradora Maria Juliana de Fontes Pereira, abordou a “Representatividade do Género Feminino no Sector Financeiro”, tendo destacado a ractificação por Angola de várias recomendações da ONU que visam promover a igualdade do género e a eliminação de quaisquer formas de discriminação contra a mulher.
Quanto à participação efectiva da mulher no Sector financeiro angolano, Maria Juliana de Fontes Pereira avançou que dentre os 17.117 colaboradores que asseguram o seu funcionamento, 8 217 são do género feminino, representando assim, 46% do total de colaboradores.
Participaram do evento membros do Executivo Angolano, Deputados à Assembleia Nacional, membros do Conselho de Administração do BNA, CMC e ARSEG, representantes de instituições financeiras e convidados de distintos organismos sociais.