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    Professor do ensino médio destaca falta de formação e condições de trabalho como factores de reflexão para efeméride

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    Por: Stella Cortêz
    No dia escolhido para homenagear os profissionais que contribuem para o ensino e educação da sociedade, data assinada nesta quarta-feira, 05 de Outubro, Guilherme da Paixão, professor do ensino médio, apontou durante uma entrevista ao Platinaline, a falta de formação, condições de trabalho e financiamento inadequado do docente como alguns dos factores que deveriam servir de reflexão para celebrar a efeméride.
    “O professor enquanto ser humano e instrumento vocacionado para trabalhar com mentes tem o seu período de formação, mas depois quando já no exercício da actividade deve ter formação constante, coisa que infelizmente não acontece. Entretanto, em Angola, existe professores com dez ou quinze anos de carreira e nunca receberam sequer uma formação”, disse Guilherme da Paixão, realçando que o dia 05 de Outubro poderia servir como um dia de reflexão e troca de experiência entre os professores, bem como a busca de resolução didáctica, entre outros problemas sociais existentes na classe.
    O professor das disciplinas de Geografia e História, que apela por maior valorização e respeito para daqueles que escolheram o ensino como forma de vida e que dedicam o seu dia-a-dia a ensinar crianças, jovens e adultos, destacou que, apesar das dificuldades, ainda há muitos profissionais que trabalham por amor à camisola.
    “Há um grupo muito grande que trabalha por amor, porque o que é pago ao professor não justifica, diferente destes, a um sector na educação que recebe um valor satisfatoriamente bom, mas por seu turno estão nem aí para dar um cabedal que se precisa. Aliado a isso, estão as condições que o próprio professor encontra, porque existem instituições escolares aqui em Luanda que não têm bebedouro ou sala para os professores e muitos ainda trabalham com giz. São várias situações que a pessoa percebe que muitos estão lá apenas para garantir a sobrevivencia”, frisou.
    A propósito da data que tem como objectivo chamar atenção para o papel fundamental dos professores, profissional que é na prática um pilar da sociedade, Guilherme da Paixão sublinhou:
    “Somos do sector onde mais se morre de forma miserável. Se olharmos para a toponímia da cidade de Luanda, não temos uma rua ou avenida com nome de professor/a renomada que trabalhou e formou mentes, não somos valorizados. Apesar disso, ainda temos bons heróis da primeira batalha, sempre na linha da frente e trabalham por amor à camisola”, finalizou.
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