Um total de 1.894 casos de fuga à paternidade foi registado, durante o primeiro semestre deste ano, anunciou, quarta-feira(31), em Luanda, o Instituto Nacional da Criança (INAC).
Os números divulgados pelo INAC são o somatório das denúncias presenciais, pois pelo Serviço de Denúncia “SOS – Criança”, terminal 15015, o registo das queixas de fuga à paternidade é de 2.753 casos.
Dados divulgados, em Luanda, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), afecto ao Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, realça que os números de fuga à paternidade representa uma realidade triste e um quadro preocupante atendendo que as crianças perfazem o maior segmento da população no país.
O Cuando-Cubango, Namibe e Lunda-Sul são as províncias com menor número de casos de fuga à paternidade registados.
O UNICEF, acrescenta o relatório, considera a fuga à paternidade um assunto de toda a sociedade e não apenas de algumas famílias, que deve ser combatida para impedir que as vítimas de hoje não se tornem, amanhã, transgressores e promotores, conscientes ou inconscientes, de um mal que afecta a todos.
O relatório destaca ainda a existência de todo um grande trabalho a ser desenvolvido no sentido de levar à mudança de mentalidades e de comportamentos por forma a reverter o quadro actual. “Devemos garantir um futuro para as crianças”.
“Urge, hoje mais do que nunca, a adopção de medidas mais eficazes, desde as de sensibilização, aconselhamento e até as mais gravosas, para inculcar exemplarmente as pessoas que se recusam assumir as responsabilidades para com os descendentes”, alerta o documento.