Benguela – O secretário de Estado para Protecção Civil e Bombeiros, Eugénio Laborinho, considerou quinta-feira dramática a situação que se vive actualmente no município do Lobito, em consequência das fortes chuvas que provocaram mais de 60 mortos e destruíram dezenas de casas.
Em declarações à imprensa, após uma radiografia aos locais mais afectados no Lobito, o responsável sublinhou que neste momento os esforços estão concentrados no levantamento de dados para solucionar as dificuldades por que passam as famílias sinistradas.
O secretário de Estado, considerou que o hábito da população em viver em zonas de riscos, como nas encostas de montanhas (bairro do Liro, São João, entre outros), contribui para estas calamidades.
Para o responsável, nessas localidades as valas de drenagem estão todas obstruídas, devido à construção de habitações precárias, o que agrava a situação nesta época de chuvas.
“Uma chuva que começa às 22 horas até de manhã, somando a isto as chuvas que vêm do interior do município do Lobito para o litoral, provocaram esta grave situação”, referiu.
Sublinhou a importância de continuar o trabalho de sensibilização da população, para desencorajar a edificação em áreas de risco e promover a autoconstrução dirigida para evitar situações como estas.
A seu ver, o risco no Lobito ainda é iminente, não obstante a população não acatar os conselhos das autoridades, mas destaca o empenho do Executivo a nível provincial e central, parceiros e ongs, na educação das famílias para a prevenção contra calamidades.
Perante o actual quadro dramático, o governante diz ser importante a tomada de medidas como a criação de condições, para a retirada das populações das zonas de risco, cabendo ao governo provincial estabelecer o horizonte temporal.