O kudurista Tony Amado vai oferecer no segundo trimestre deste ano, em Luanda, um DVD, intitulado “Kuduro mais Angola”, com os maiores sucessos da sua carreira artística.
O artista, que foi um dos mentores e impulsionadores deste género, sublinhou que o DVD foi produzido no estúdio Kuduro 01, em Luanda. O kudurista esteve este final de semana em Malange, onde participou em alguns espectáculos e aproveitou a estadia naquela província para produzir dois videoclipes promocionais.
Tony Amado revelou que , neste momento, o DVD está concluído e aguarda apenas a sua chegada a Angola. “O projecto está concluído. Estamos a fazer esforços para que cheguem até Maio”. O músico referiu que está a gravar três álbuns de originais, a serem apresentados no final deste ano, em Angola. Um deles, intitulado “Amba kuduro”, tem 13 faixas e vai ser totalmente gravado no estúdio Kuduro 01, contando com a participação da cantora brasileira Vânia Sá, do congolês Veiga e do marfinense Júnior. “Os músicos receberam com satisfação o convite, que é também uma forma de levar o kuduro além fronteiras”, justificou. O artista convidou os produtores JB, Dudoxu, Da OP e Back P, para trabalhar no CD.
Para fugir do estilo que lhe é característico, Tony Amando vai lançar também um disco de semba “Funji de Malange”, a ser gravado no estúdio T, de João Alexandre. O CD vai ter 10 temas cantados em português e kimbundo e conta com a participação de Mito Gaspar, Zeca Tchiungo, Victor Bil e Neto das Teclas. A direcção artística deste trabalho está sob a responsabilidade de João Alexandre.
O terceiro disco é de kizomba e, apesar de ainda não ter nome, vai ser produzido com músicos angolanos e estrangeiros, dos Estados Unidos e de Cabo Verde. “Ainda quero manter algum sigilo quanto aos músicos convidados”, explicou. Alguns dos seus videoclipes estão já a ser produzidos, tal como as músicas promocionais.
Além de criador de várias danças de kuduro, como “Açúcar”, “Gato Preto”, “Mbrututu”, “Jaracuja”, “Jacobino”, “Underground” e “Tuga”, o cantor lançou o seu primeiro disco, “Tony Amando e os seus mutchachus”, no qual também participa o kudurista Sebem.
Evolução do kuduro
Quanto ao actual estado do kuduro no país, o artista disse que está satisfeito com o seu crescimento, particularmente na vertente da produção musical, apesar de ainda haver muitas lacunas no campo da composição, coreografia das danças e apoio dos agentes culturais.
“Sinto ainda alguma pobreza em alguns trabalhos artísticos dos meus colegas, em particular nalgumas coreografias, nas quais o nudismo dos bailarinos é exposto”, destacou o kudurista.
Com JA