Mais de quatro mil funcionários da empresa nacional de distribuição de electricidade (ende) paralisaram as actividades, esta segunda-feira, para contestar os alegados baixos salários que auferem actualmente, apurou esta sexta-feira a angop.
conforme o secretário-geral do sindicato dos trabalhadores da instituição, manuel gaspar, a greve é interpolada, sendo que a primeira fase decorre de 9 a 14 deste mês, com possibilidade de a segunda fase iniciar a partir do dia 23 do corrente mês.
a comissão sindical dos trabalhadores da ende remeteu em julho um caderno reivindicativo à entidade patronal, onde solicitam melhores condições laborais e aumento salarial.
“ a causa principal da grave é o baixo salário, uma vez que pedimos aumento e nunca fomos atendidos. a proposta está na mesa e faz parte do acordo apresentado, sinta-se mal quem quiser”, desabafou.
fez saber que, durante o período que perdurar a greve, estarão em funcionamento os serviços mínimos como pagamentos.
na ocasião, o responsável revelou ser inadmissível que os trabalhadores da ende continuem com salários incapazes de satisfazer as necessidades de suas famílias, quando a empresa produz mensalmente.
manuel gaspar ressaltou que os trabalhadores conhecem bem o valor das cobranças em todas as províncias, despesas e os investimentos, pelo que se pode afirmar que “ a ende é uma empresa que produz riqueza para angola”.
por sua vez, a empresa nacional de distribuição de electricidade (ende), por meio do seu presidente do conselho da administração, hélder adão, considerou, na passada sexta-feira, ser “ilegal” a greve convocada pelos trabalhadores, por incumprimento dos pressupostos legais, admitindo avançar com uma acção judicial.
a administração da empresa anunciou que as exigências constantes do segundo caderno reivindicativo, “após cumprimento do primeiro caderno, foram totalmente atendidas com excepção da proposta do aumento salarial na ordem dos 100%”.