Falar da idade biológica, dos anos que vamos simplesmente acumulando ao longo da nossa história de vida, não expressa com exatidão a idade de cada um, conheço velhos de vinte e cinco e jovens de sessenta anos, então quero lhes trazer a uma pequena reflexão, quantos anos você acredita que tem? 
Você se acha maduro de mais para pedir a benção dos seus pais, mas se vê jovem  e indefeso quando recorre a eles nos momentos de dificuldades, então, quantos anos você tem? Você se acha experiente de mais para tratar das  suas relações amorosas, até dá conselhos quando o assunto é amor e de uma hora para outra se vê apaixonado, sonhando como um adolescente comum, tendo as mesmas reações e palpitações de dez, vinte, ou 30 anos atrás, então, quantos anos você tem? Você se acha adulto de mais e inadequado para correr descalço na relva com seu filho, para brincar de esconde-esconde (bica-bidon) ou ensiná-lo a jogar futebol, mas sente um prazer incomparável ao fazer isso, ri como se fosse uma criança e se comporta como tal, então, quantos anos você tem afinal? 

 
Viver a vida é deixar se levar por ela é se entregar ao novo a cada dia é experimentar sensações diferentes a cada oportunidade, se entregar de corpo e alma a todo instante, só assim saberemos de fato tirar da vida lições e sensações que nos trarão as respostas. O limitador da nossa idade biológica, os paradigmas que nos foram impostos ao longo do tempo só servem para tirar de nós o doce sabor de experimentar, de ousar, de rejuvenescer a cada  nova manhã.         

Vejo pessoas passando pela vida sem levar nada dela, apenas esperando que o tempo transcorra que o calendário mude que os dias se sucedam, sem que tenham a ousadia de tentar o novo e de buscar novas emoções. O bom Deus em sua infinita sabedoria nos deu o livre arbítrio, exatamente para que possamos tentar registrar nossa efêmera passagem pela terra, com ações e reações, com experiências e sensações, não para termos uma passagem sem graça, sem motivação. 

       
Que cada um dentro de sua realidade de vida, possa repensar sobre isso, sobre a diferença de sua idade biológica e da jovialidade de sua alma, da grande diferença entre viver e vegetar, entre o que somos e o que queremos ser, entre o que vivemos e o que nos permitimos sonhar, para que assim saibamos responder ao questionamento crucial, quantos anos você tem?