Angola tornou-se independente há 46 anos, deixando de depender política e administrativamente do “império” colonial a 11 de Novembro de 1975.
Apesar de toda dificuldade ao longo dessas quatro décadas, com passos à frente também, esse marco representa a maior conquista dos Angolanos.
Com a independência, Angola deixou de ser uma província ultramarina, artificio administrativo que Portugal forjou para evitar que em fóruns internacionais fosse considerado uma potência colonial.
O regime político de Salazar e Marcello Caetano defendia que esses territórios não eram colónias, mas parte integrante e inseparável de Portugal, considerando-o como uma “Nação Multirracial e Pluricontinental”. A prática, porém, mostrava a discriminação das pessoas nascidas “além-mar”, mesmo os de tez mais clara.
Este e outros males levaram à consciencialização dos angolanos até ao extremo de lutarem pela Independência.
Expectativa
O fim da guerra em Angola em 2002 constitui acontecimento mais importante no período pós-independência de Angola, já que de lá para cá muito se tem feito, como o fortalecimento da democracia (realização regular de eleições), assim como outros desenvolvimentos nos planos político, económico, social e cultural.
Se por um lado chegou o momento para, em termos políticos, consolidar a democracia, desenvolver o espaço que permita o exercício dos direitos de cidadania consagrados na constituição, igualmente, no aspecto económico, é chegada a hora da dinamização da economia, motor essencial para se empreender outros projectos, como a edificação do estado social, para o bem-estar das populações nos seus mais variados domínios.
O executivo já deu mostras que abraçou esse desiderato.