Angola investiu 300 milhões de dólares com o objectivo de se tornar num dos eixos de distribuição de internet no mundo.
Rosário de Ceita, o cônsul geral de Angola no Rio de Janeiro, avançou com a informação, que integra o projecto “Sistema de Cabo do Atlântico Sul”, um cabo submarino de fibra óptica que está a ser construído em Luanda e deverá chegar a Fortaleza, no Brasil.
De acordo com o responsável, Angola deverá “tornar-se um dos principais eixos africanos nas telecomunicações intercontinentais” a partir do ano de 2016. “Estamos a ampliar as nossas fronteiras para atrair novo capital noutras áreas, uma delas é a das telecomunicações”, explica Rosário de Ceita, numa estratégia do país que visa procurar alternativas viáveis que não comprometam o Orçamento de Estado para 2015.
Este projecto está a ser liderado pela empresa Angola Cables, para além de contar com investimentos directos de cerca de 160 milhões de dólares. António Nunes, CEO da Angola Cables, esclarece que “esta interconexão no Atlântico Sul é considerada estratégica para o Brasil e para Angola”, e que a “intenção de Angola é tornar-se um eixo regional de telecomunicações, o que será estratégico também para o Brasil”.
O CEO referiu ainda que “esta ligação vai permitir um acesso mais rápido da América do Sul à Ásia, eliminando a passagem pela América do Norte e Europa, diminuindo assim a distância entre as bolsas de São Paulo e Hong Kong, o que poder ser bastante interessante para o mercado financeiro”.
António Nunes revelou também que a empresa faz parte de um outro consórcio que se encontra a construir o “Monet”, um cabo submarino que irá ligar Santos e Fortaleza a Miami, nos Estados Unidos, assim como um “Datacenter” em Fortaleza, elevando o investimento global para cerca de 300 milhões de dólares. (África 21)
