Jack Dorsey, CEO do Twitter, e o rapper Jay Z criaram um fundo para financiar o desenvolvimento do bitcoin na África e na Índia. A iniciativa vai injetar 500 unidades da moeda digital (cerca de US$ 23,6 milhões) em um conjunto de investimentos batizado de ‘Btrust’. O objetivo é “fazer do bitcoin a moeda da internet”.
O governo da Índia reluta em abraçar moedas digitais. A decisão, confirmada pela dupla nesta sexta-feira (12), ocorre no momento em que o país se aproxima de introduzir uma lei que pode proibir transações em criptomoedas.
Sobre o tema, Varun Deshpande, responsável pela OnJuno (plataforma bancária digital na Índia), disse que “embora a Índia seja a capital mundial de desenvolvimento de software”, o país não contribuiu para o desenvolvimento do bitcoin “de nenhuma maneira significativa”.
“Esta iniciativa fornece os incentivos certos para que a maior democracia do mundo contribua no desenvolvimento do bitcoin. A ironia é que enquanto a Índia prepara um projeto de lei para banir o bitcoin, o mundo está se voltando para nosso enorme talento técnico para proteger a criptomoeda”, acrescentou o executivo em declaração ao TechCrunch.
A África, em contrapartida, experimentou um aumento nas transações em moedas digitais. Em 2020, os nigerianos comercializaram mais de US$ 500 milhões em criptomoedas. A estatística mostra que o país só perde para os EUA em volume de bitcoins negociados nos últimos cinco anos.
Na semana passada, o banco central da Nigéria, inclusive, deu sinal verde para outros bancos e instituições financeiras negociarem com criptomoedas. O Banco Central do Quênia também confirmou que usará o bitcoin como moeda de reserva.
Por fim, vale lembrar que o Twitter também estuda o uso do bitcoin para pagar o salário de seus funcionários no futuro. O diretor financeiro da empresa, Ned Segal, diz que a companhia fez “reflexões iniciais” para considerar “como poderia pagar os seus funcionários caso pedissem para receber em bitcoin”.