Por Edueni António
Após ter participado na quarta edição do Conversas Acústicas, o PLATINALINE entrou em contacto com o Chef de cozinha Ricardo Braga para saber mais sobre a sua carreira profissional e o prémio conquistado na Itália.
Ricardo, nascido em PortuCamboja, Portugal, situado na zona de Chelas, já passou por vários hotéis e restaurantes até chegar a Luanda, fez formação de cozinha e pastelaria na ACPP (Associação dos cozinheiros e pasteleiros de Portugal) durante 3 anos, somando assim 18 anos como cozinheiro.
Braga prefere não se intitular um grande Chef de cozinha, pois é uma pessoa extremamente focada nos seus objectivos, e para ele, essa avaliação deve ser resultado do trabalho desempenhado ao longo destes anos.
“Fico grato pelos elogios, mas tenho muito para aprender ainda”. contou
O chefe, aos seus 18 anos de estrada, participou em concurso de culinária na Itália, onde alcançou a primeira posição com o melhor Cuscuz do mundo no mesmo país, em representação de Angola com o Chef Helt Araújo.
O prato foi estudado durante quatro meses pelos próprios cozinheiros, nesse estudo tinham como produto o catato. Faltando apenas um mês no concurso, na altura, disseram-lhes que não poderiam usar o produto e nem o transportar, porque possivelmente não iria passar na fronteira, teve uma insistência da parte dos participantes e conseguiram transportá-lo.
O prato era composto por um salmonete peixe da região, Cuscuz com cogumelos e tomate seco, carabineiro, quiabos e uma telha que representava as montanhas que a ilha de Sicília tem, e o catato fumado em pó.
“Posso dizer que, até este momento, foram dos dias mais marcantes da minha vida pelo reconhecimento. Sinto que tenho muito ainda para aprender e ensinar. Amo o que faço”. Frisou.
Para finalizar, Ricardo diz que aceitou o convite da Karina Barbosa aquando da apresentação do projecto, e gostou da iniciativa da união de três áreas em um só um espaço, a Arte, Gastronomia e Música, que neste momento são das mais afectadas com a pandemia.