A artista plástica angolana, Denise Luís, apresenta duas grandes obras na exposição colectiva promovida pela Galeria MOVART, intitulada “como se o mundo não tivesse demarcação”.
“Cultura da diversidade” e “Som da Liberdade” são as duas magníficas obras de artes apresentadas pela artista numa exposição que decorre de 25 de Novembro a 18 de Dezembro deste ano.
Denise Luís se apresentou profissionalmente como artista plástica em 2017, tendo participado de duas exposições colectivas realizadas pelo atelier Guilherme Mampuya, em 2017 e 2018.
Ao PLATINALINE, a artista defende que a arte é a forma mais passiva de luta contra a ignorância. “O meu trabalho expressa, fundamentalmente, uma abordagem sobre a autodeterminação pessoal e emancipação do gênero, conflitos sociais e anarquia urbana, assim como a representação de alguns aspectos de experiências de vida e de vários fenómenos que a sociedade tem apresentado ao longo dos anos”.
Denise refere ser exactamente isto que se consegue ver na obra “Som da Liberdade”, que transmite a esperança de uma Angola utópica, onde não existe dor, sofrimento ou injustiças. “Esta obra representa um retrato misto entre uma sucessão de acontecimentos sociais e o desejo dos jovens de ter um país plenamente livre, justo e socialmente igualitário.”
Por sua vez, a obra “Cultura na Diversidade” representa uma fusão de 3 figuras femininas: Estátua da Liberdade, Cleópatra e a nossa máscara tradicional Mwana Pwo. A máscara Mwana Pwo é normalmente utilizada em rituais de iniciação e está intimamente ligada à fertilidade da mulher, ou seja, a origem da vida; a Cleópatra por representar o poder feminino, estando na frente de uma Nação forte; e, por fim, a estátua da Liberdade que representa Libertas, a deusa romana da Liberdade”.