O novo coronavírus já infetou pelo menos 45 profissionais de saúde em Angola, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, no habitual balanço da situação sanitária no país. Médicos ouvidos pela DW África apontam que a escassez de materiais de biossegurança nos hospitais de Angola, tais como máscaras cirúrgicas, poderá facilitar mais contágio aos técnicos dos hospitais.
O médico neurologista Job Monteiro afirma que o Governo deve garantir condições favoráveis para que os profissionais prestem melhor atendimento aos pacientes que precisam de cuidados intensivos.
“A nossa maior preocupação está relacionada com a questão de biossegurança, em primeiro lugar para os profissionais de saúde, para conseguirmos dar uma resposta rápida àqueles pacientes que testam positivo e que depois precisam de um acompanhamento médico mais intenso”, nota.
A infectologista do Hospital Américo Boavida, Katiana Antas, afirma que as dificuldades começam a partir do momento que se faz a triagem dos pacientes que saem dos hospitais com carência dos testes.
“Temos recebido muitos casos de doenças respiratórias, mas não temos ainda as condições necessárias para prestar melhor atendimento nestes tempos de pandemia aos nossos doentes. Estamos a correr muitos riscos porque somos muito expostos”, denuncia.