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    Documentário "I Love Kuduro" apaixona público canadiano

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    Ottawa – O documentário angolano “I Love Kuduro”, do realizador Mário Patrocínio, cativou o público canadiano no encerramento, terça-feira, do Festival de Cinema da Língua Portuguesa, que decorreu em Ottawa, Canadá, de 5 a 13 deste mês.

    A película angolana, com duração de 95 minutos, co-produzido pela Da Banda e a Bro Cinema, despertou grande interesse do público, que lotou o recinto onde foi exibido, com capacidade para 300 pessoas.

    O ciclo de cinema foi promovido pelas Missões Diplomáticas de Angola, Brasil, Portugal e Moçambique, sob o lema Cor-Acção, em parceria com o Instituto Canadiano do Cinema, em saudação ao 5 de Maio, Dia da Língua Portuguesa.

    O “I Love Kuduro”, que retrata o surgimento e a expansão do estilo angolano “kuduro”, uma mistura dos ritmos tradicionais angolanos Kilapanga e Semba com o Zouk, Techno e House, ilustra como esta dança e ritmo musical irrompeu as fronteiras das zonas urbanas de Luanda nos anos 1990 para conquistar as zonas suburbanas e o palco nacional.

    No documentário, os artistas Tony Amado, Sebém, Bruno M, Nagrelha, Cabo Snoop, Francis Boy, Titica, Presidente Gasolina, Príncipe Ouro Negro, Sarissari entre outros, narram as suas contribuições e experiências no eclodir deste movimento artístico cultural  que está igualmente a conquistar o mercado artístico internacional.

    No final da sessão, o embaixador de Angola no Canadá, Agostinho Tavares, mostrou a sua satisfação pelo documentário que considerou “muito interessante” por mostrar as origens do movimento cultural kuduro.

    “Este documentário explica, sobretudo para aqueles que não vivem em Angola, a origem e a essência do kuduro, que nasceu nas áreas urbanas de Angola”, disse o diplomata, acrescentando não se tratar de uma obra de ficção de cinema, mas da realidade angolana.

    “A casa cheia hoje demonstra o interesse do público em ver o filme e por isso saíram todos satisfeitos”, concluiu Agostinho Tavares, à saída da sala de cinema do auditório da Livraria e Arquivos do Canadá.

    Já o embaixador brasileiro no Canadá, Pedro Fernando Bretas Bastos, revelou ter sido uma grande novidade para si porque nunca tinha visto antes esta dança e ritmo musical que eclodiu em Angola baptizado de “kuduro”.

    O diplomata brasileiro considerou o documentário “vibrante, com um final apoteótico e sensacional”.

    Quem também gostou da película foi a representante do Instituto Canadiano do Cinema, Elyse Piquete, por “espelhar a realidade e a cultura do povo angolano”, mas questionou se o ritmo não atrai muito a camada feminina por estas aparecerem somente no final do trabalho e em número bastante desproporcional ao de homens apresentados.

    Diz ter tido a oportunidade de ter uma ideia do movimento artístico que eclodiu em Angola nos anos 1990, o que mostra que nem tudo era mau durante o período de guerra.

    Alega que o ritmo, que na sua opinião, surgiu como uma escapatória da tensão militar em Angola, está a evoluir e a conquistar o seu espaço.

    Elyse Piquete comparou o cenário que deu origem ao Kuduro ao da Europa, durante as duas guerras mundiais, onde, segundo afirmou, o ambiente bélico não matou a criação artística.

    Para o representante do Instituto Camões em Ottawa, Carlos Gomes da Silva, o documentário foi bem elaborado do ponto de vista cinematográfico e bastante agradável porque  mostra a dinâmica dos jovens angolanos de todos os estratos sociais unidos neste movimento artístico.

    Carlos Gomes, que é igualmente professor de literaturas modernas na Universidade de Ottawa, alega que serviu também para revelar que o Kuduro, do ponto de vista musical, possui todas as riquezas dos ritmos angolanos, sobretudo africanos.

    Além do documentário de Angola, legendado em inglês, foi exibido igualmente os filmes “Vai que dá Certo”, do Brasil, “Virgem Margarida” de Moçambique, bem como o documentário de Portugal, “Amália”.

    O público que acorreu à sessão de encerramento teve a oportunidade de apreciar, antes do documentário angolano, alguns números da dança Kizomba, exibido pelos estudantes da escola “Capital Kizomba”, da canadiana Lynnette Raffin.

    A abertura contou com a presença de diplomatas, políticos, estudantes e membros das comunidades dos países da CPLP residentes na capital canadiana e convidados.

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