Com receio que a epidemia possa alastrar a várias regiões de Angola, as autoridades provinciais do Moxico proibiram também a entrada e saída de cidadãos angolanos e estrangeiros e suspenderam as trocas comerciais entre os dois países nessa fronteira.
“Apesar de a doença não afectar directamente as localidades que fazem fronteira com a província do Moxico, as autoridades decidiram manter em estado de alerta as unidades sanitárias locais, no sentido de assegurar a vigilância epidemiológica, no âmbito da prevenção da epidemia de ébola”, adiantou ontem ao Correio da Manhã o coordenador do Centro de Processamento de Dados da Direcção Nacional de Saúde Pública de Angola, Eusébio Manuel. De acordo com esse responsável, até ontem “ainda não há registo de caso de ébola em Angola”.
Contudo, equipas de técnicos do Ministério da Saúde vão deslocar-se na terça-feira a Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico para apoiarem os grupos provinciais que se encontram na fronteira com a RDC. “O estado de alerta está no nível máximo na província de Lunda-Norte, onde a fronteira com Kassai Ocidente (RDC) foi encerrada desde segunda-feira porque as trocas comerciais são intensas”, concluiu Eusébio Manuel.
MAIS DADOS
13 MORTOS
Foram registados na RDC 42 casos, com 13 mortos, desde que foi declarada a doença.
REGIÕES EM RISCO
Para além da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, as províncias de Uíge e Malanje também estão em risco.