O projecto foi criado para reduzir, ao máximo, as longas filas registadas nas unidades hospitalares durante a marcação de consultas. O engenheiro informático angolano António Fábio da Silva, de 33 anos, desenvolveu um aplicativo móvel que permite fazer o agendamento de consultas médicas em unidades hospitalares públicas e privadas, triagem de emergência em tempo real, disponibilizar informações sobre médicos em serviço e localizar hospitais abertos em várias zonas do país.
Denominado “É-saúde”, o aplicativo disponibiliza, ainda, informações sobre a localização de farmácias mais próximas da unidade hospitalar onde o paciente é atendido, para a possível compra de medicamentos prescritos pelo médico. “Se um indivíduo, numa determinada zona do país, sentir-se mal, o aplicativo dá informações da existência ou não de uma unidade hospitalar nas proximidades “, realçou.
António Fábio da Silva disse que o aplicativo vai estar disponível no princípio do próximo mês de Março, nas plataformas Play Store da Google e da Apple. “Neste momento, o aplicativo está a ser carregado”, disse.
Acrescentou que a utilização de informações georeferenciadas do Google Maps possibilita uma melhor visualização da localização das unidades sanitárias, por parte dos utentes, exibindo todos os locais que ficam a um raio de 100 quilómetros de distância do paciente.
“Essa localização ainda pode ser personalizada, permitindo ao interessado escolher um ponto e um raio de pesquisa”, aclarou.
O engenheiro informático assegurou estarem já disponíveis no aplicativo, todos os hospitais provinciais, tendo acrescentado que, nos próximos dias, estarão todas as unidades da Rede Nacional de Saúde. “Os gestores das unidades sanitárias só precisarão, a cada final do mês, carregar o mapa dos médicos, enfermeiros e pessoal de apoio do mês. O aplicativo, por sua vez, fará a gestão”, frisou.
António Fábio da Silva ressaltou que as unidades privadas que pretenderem constar do aplicativo deverão dirigir-se ao mesmo (aplicativo) e fazer o registo. “O acto de registo e a permanência da unidade hospitalar, no aplicativo, não tem custo algum. É completamente grátis”, garantiu.
Disse que o projecto é de âmbito social e foi criado para reduzir, ao máximo, as longas filas registadas nas unidades hospitalares públicas na hora da marcação de consultas. O aplicativo começou a ser testado em Junho do ano passado e assegurou que os resultados foram satisfatórios.
Ressaltou que a Internet, em smatphones, é utilizada por cerca de um terço da população angolana, o que torna o desenvolvimento de aplicações móveis um factor a ser utilizado na gestão de acesso à informação, sobretudo na Rede Nacional de Saúde Pública.
“Encontrar um estabelecimento hospitalar aberto (postos de saúde, centros médicos e hospitais centrais), com médicos em serviço e agendar consultas médicas não é tarefa fácil em Angola. O problema agrava-se, principalmente, nas zonas urbanas e suburbanas. Muitas vezes, o utente procura por uma destas unidades sanitárias em condições de aflição extrema e depara-se com longas filas e ausência de profissionais de Saúde no local”, concluiu.
Fonte: Jornal de Angola