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    Entenda por que grandes empresas estão decidindo se dividir

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    Separar-se é a mais nova mania para empresas globais gigantescas. Johnson & Johnson, Toshiba e GE anunciaram planos de se dividir em várias entidades na última semana. A tendência pode estar apenas começando.

    Os conglomerados são grandes e pesados. Wall Street os odeia porque não sabe como avaliá-los de maneira adequada. Presidentes e conselhos corporativos estão finalmente entendendo a mensagem: flexível é o novo grande.

    A divisão da Johnson & Johnson em duas empresas – uma para seus produtos de consumo e outra para seus medicamentos e dispositivos médicos – é a mais recente mudança no setor de saúde. Muitas outras grandes empresas farmacêuticas, incluindo Pfizer, Merck e GlaxoSmithKline, já tiveram grandes separações nos últimos anos ou têm planos de fazê-lo.

    Os investidores estão dispostos a pagar um preço mais alto por negócios de rápido crescimento de medicamentos, biotecnologia e equipamentos médicos do que genéricos e produtos de consumo de marca. As ações da J&J subiram quase 2% no início do pregão de sexta-feira (12).

    Mas, como mostram as divisões da Toshiba e da GE, os divórcios corporativos não se limitam ao setor de saúde.

    “Para sobreviver e acompanhar as tendências do mercado, as empresas precisam observar quais são suas linhas de negócios mais lucrativas e onde devem passar a maior parte do tempo e se concentrar”, disse Liz Young, chefe de estratégia de investimentos da SoFi, em um entrevista ao CNN Business.

    “A competição é feroz. Às vezes você tem que dividi-la para reconstruí-la”, acrescentou Young.

    Em 2015, o Google anunciou uma reestruturação, com a criação da Alphabet. A empresa se tornou a responsável por administrar o próprio Google e antigas subsidiárias, na tentativa de dar mais independência e transparência aos negócios

    Dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, a Via Varejo revelou em 2021 que decidiu mudar de nome para Via. O movimento representa uma busca da empresa de atuar em múltiplos setores, incluindo o e-commerce, indo além do varejo físico

    Outra varejista que mudou de nome há pouco tempo foi a Magazine Luiza. Em 2018, as lojas mantiveram o nome, mas a empresa passou a se chamar Magalu. A mudança também refletiu uma aproximação com o comércio digital

    A BRF surgiu em 2013, resultado da fusão de duas gigantes do setor de alimentos: a Perdigão e a Sadia. O nome vem da BR Foods, dona da Sadia

    Em 2006, surgiu a B2W, empresa resultante da fusão dos sites Americanas, Submarino e Shoptime. O nome permaneceria até 2021, quando a Lojas Americanas anunciou a fusão com a empresa, que passou a se chamar apenas Americanas

    A BR Distribuidora também mudou de nome em 2021 para Vibra. A alteração ocorreu depois de a Petrobras vender sua participação na empresa

    Ainda em 2021, foi a vez da Duratex mudar de nome. A empresa, que atua na área de decoração, passou a se chamar Dexco, simbolizando uma nova estratégia de negócios voltada para a expansão na área de construção civil

    Envolvida em denúncias de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht, fundada há mais de 70 anos, informou em 2020 que passaria a se chamar Novonor

    Também envolvida em denúncias no âmbito da Operação Lava Jato, a construtura Camargo Corrêa anunciou em 2018 que sua controladora mudaria de nome, passando a se chamar Mover

    Onda de grandes empresas se separando
    Grandes empresas ao redor do mundo em uma variedade de setores estão se tornando menores.

    A gigante da tecnologia Dell recentemente transformou seu negócio de nuvem VMWare em uma empresa totalmente separada. A varejista L Brands se dividiu em duas empresas: Bath & Body Works e Victoria’s Secret.

    A IBM transformou sua unidade de serviços de tecnologia da informação em uma nova empresa chamada Kyndryl. Como resultado,a Kyndryl agora tem mais flexibilidade para fazer joint-ventures com rivais na nuvem da IBM. Por exemplo, ela anunciou um acordo com a Microsoft na sexta-feira.

    “Temos uma nova liberdade para entrar no mercado. Podemos continuar atendendo aos clientes da IBM, mas também podemos expandir as parcerias com outros fornecedores de tecnologia”, disse o diretor financeiro da Kyndryl, David Wyshner, em entrevista ao CNN Business no início deste mês.

    Outras empresas podem descobrir que a separação de divisões lhes dá maior autonomia para estabelecer relacionamentos de negócios que podem não fazer tanto sentido estratégico quando são parte de um conglomerado colossal.

    Mas separações e vendas de ativos também são uma forma de as empresas reverterem decisões com as quais os investidores não ficaram entusiasmados em primeiro lugar. Um exemplo é a das gigantes das telecomunicações Verizon e AT&T, proprietária da WarnerMedia, controladora da CNN, por exemplo.

    Ambas as ações ficaram atrás do mercado mais amplo nos últimos anos, em parte por causa da queda na receita e no crescimento dos lucros, mas também por causa da preocupação de que as duas empresas tenham se distanciado demais de seus principais negócios ao fazer negociações espalhafatosas no setor de mídia.

    A Verizon comprou a AOL e o Yahoo e os combinou em uma unidade que primeiro chamou de Oath e depois chamou de Verizon Media. A aquisição nunca valeu a pena. A Verizon vendeu a divisão de mídia para a titã de private equity Apollo por US$ 5 bilhões em setembro e está mantendo apenas uma participação de 10% nela.

    E a AT&T está planejando desmembrar a WarnerMedia e fundi-la com a gigante de streaming e TV a cabo Discovery. O negócio, que deve ser fechado em meados de 2022, criará uma nova empresa chamada Warner Bros. Discovery.

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