De nome próprio Armindo José de Nascimento, Maskarado é um dos novos talentos da nova geração da música angolana. Natural da Província do Huambo onde nasceu aos 04 de Fevereiro, começou a sua carreira musical em 1996 no hip hop sob o nome artístico Ferro Rap.
Durante este percurso na lide musical, chegou a integrar o grupo coral do programa infantil da TPA- Carrossel, Avilupa Kwimbila (o grupo infantil das Gingas do Maculusso) e da banda Fesa Kutonoka.
Em 2000, por razões diversas optou pelo estilo kuduro, afastando-se assim da sua primeira paixão, o rap. Neste mesmo ano conheceu Hochi Fu, produtor e dono da Power House, que lhe atribuiu o nome artístico de Maskarado, nome pelo qual Hochi Fu era conhecido na Holanda. Com o prestigiado produtor gravou o seu primeiro video clip “Tiro Pico” , tido como um dos primeiros video clips de kuduro feito em Angola em 3 D e que pela sua qualidade passou mais de 30 vezes por semana na MTV Base.
Na ânsia de criar novos estilos, graças ao seu espírito inovador e criativo, fez surgir no mercado o estilo “Kuduro Romântico”, e se destaca como o primeiro Kudurista a juntar o kuduro e o house music.
Actualmente, Maskarado é músico da Produtora Milionário Records que colocará em Novembro próximo nas bancas o seu primeiro Álbum, de que promete muitas novidades musicais.
Com apenas 24 anos, Maskarado é casado e pai de um filho. Para além da música, o autor do hit “Elegon Bonsa” é operador de câmara, produtor de vídeos e estudante do curso superior de ambiente, gestão e território na universidade Metodista de Angola.
Platina Line-Por que o nome artístico Maskarado?
Maskarado– O Hoschi Fu chamava-se Maskarado quando residia na Holanda, só que cá destacou-se como Hochi Fu. E não podia carregar dois nomes ao mesmo tempo. Na altura eu tinha o nome de FR e, sendo ele o produtor da Power House decidiu atribuir-me o nome de Maskarado.
Como surge a paixão pela música?
Começou desde criança. A minha mãe contou-me que quando tinha os três anos já batucava nas latas e já se notava que tarde ou cedo seria um artista. Foi daí que a minha mãe levou-me ao programa infantil da TPA- Carrocel, e chego a fazer parte do grupo coral. Depois de um tempo fiz parte do Avilupa Kuimbila das Gingas, acredito por aí entre 96 e 98.
E como entra na Power House?
Vi o Hochi Fu no programa Jovem Mania, na altura ainda se chamava Maskarado, dizendo que estava no país para promover novos talentos e, uma vez que a mãe dele é nossa vizinha, fiz um comentário com a minha mãe que gostava que o Maskarado, no caso o Hochi Fu, me apostasse. Dias depois, eu no Colégio, a minha mãe liga prá mim dizendo: “sabes com quem estive? Olha estive com o Hochi/Maskarado e fiz-lhe o pedido e aceitou. Dentro de horas vai ligar para si”. E não demorou muito tempo, ele liga prá mim a dizer que queria gravar uma música comigo que era FR feat Maskarado. Fizemos a música e segundo ele, notou que sou um kudurista humilde, pelo que apostou em mim. Mas na altura não era Power House, mas sim Tropa de Choque.
Como avalia a sua carreira musical?
Está num bom porto. Tudo que sempre quis estou a lutar para conquistar, embora ainda não alcancei os meus objectivos, que é lançar o meu primeiro álbum no mercado e estabilizar-me na carreira musical. Que Deus não permita que o meu barco afunde, porque estou com ele.
Como decorrem os trabalhos do seu Cd de estreia?
Estou em fase de gravação final do álbum, e em termos de título prefiro não o divulgar agora porque há dois títulos. Mas a ideia é kuduro com outras tendências musicais e tenho muitas boas participações, como as de Hochi Fu, o nosso ente-querido IVM, Cabo Snoop, Elie,Irina e Cage One. Tenho ainda a produção do dj Djeff e Silivi, Eliei , Dom Ruam, dj Satelite, Kid Pro entre outras participações. Porém, é surpresa mas brevemente hão de saber de quem se trata. O disco terá por aí 12 faixas.
Quais são as suas principais influencias no mundo da música?
Eu vim do rap, mas me inspiro muito mais no kwaito e house music. No seio dos músicos nacionais, inspiro-me no nível de composição de Kid MC, mas só no grau de pensamento e não na decadência da composição, e no Bruno M. Bebo da água detes e que felizmente está a causar-me um bom efeito.
Qual é o seu grande a nível profissional?
Internacionalizar mais o meu estilo musical, o Kuduro com outras tendências. Eu fui o mentor da febre house/kuduro.
Fala-nos do seu look…
O meu look é proveniente da África do Sul, através da cultura rasta, mas nunca quis o ser. Sempre gostei de penteados e mudar de look. Por isso adotei o sistema de dreads looks e não rastafary.
Casou-se há tempo. Como esta a ser a experiencia de casodo…
Está a ser bom de mais!
Por que abandonou a Power House, a produtora que lhe descobriu?
Antes de mais, a Power House foi uma escola prá mim e sempre será. Resolvi sair porque fui a busca de outras oportunidades, porque a vida continua!!
Mantém boa relação com hochi Fu?
Claro que sim!!
Esta agora na Milionário Record. Valeu apenas estar nesta produtora?
Está a valer a pena, graças a Deus!!
O que mais gostava de dizer da sua carreira?
A apelar ao povo em geral que guardem pelo meu álbum que está para Novembro. É muito kuduro com outros estilos musicais e muitas surpresas!!!