Mungole, expressão em Tchokwé que significa chuva contínua e miudinha, é o nome da nova proposta musical de Gabriel Tchiema. O novo álbum, o seu terceiro de inéditos, será lançado no próximo dia 22 de Dezembro na Praça da Independência, a partir das 8:00 horas, e chega ao mercado pela chancela da Nguimbi Produções.
Gravado ao longo de 10 meses em Luanda, no Estúdio Letras e Sons, em Cuba, no Estúdio DBEGA e ABDALA e em Paris, no Cyber Sound Studio, o disco que conta com 12 faixas, maioritariamente cantadas em Tchokwé, tem a assinatura dos produtores angolanos Nino Jazz e Fredy, do maestro Simmons Massini e do renomado pianista cubano Andy Rubal.
Coeso em termos de instrumentalização, o álbum coloca em destaque vários ritmos da região leste de Angola onde o artista procurou evidenciar o carácter festivo dos rituais característicos daquela região.
Alguns dos temas que compõem a obra discográfica são resultado directo de pura experimentação. Motivado por várias discussões sobre ritmos regionais, Gabriel Tchiema buscou técnicas que o ajudaram a recriar harmonicamente os arranjos rítmicos de estilos como o Makopo, uma dança festiva em vias de extinção que apaixona os bailarinos em noites de Lua Cheia, sendo bastante apreciada na região Lunda Tchokwé.
Tendo se notabilizado como embaixador da Tchianda, o artista que já vai no seu terceiro álbum de originais, estreou-se em 1998 com Yena Nhi Yami, mas foi em 2008, com o Azulula, que conquistou o seu lugar no clube restrito de músicos instrumentistas de ritmos nacionais.
Reconhecendo a presença assinalável da Tchianda nas suas composições, o músico assumiu o compromisso pessoal de transformá-la em música urbana, procurando combinar o rigor dos arranjos da música pop com o carácter marcadamente percussivo e frenético da música e dança da sua região de origem.