O Centro Histórico da Cidade de Mbanza Kongo ganhou neste sábado, 8, o estatuto de Património Mundial, fruto da sua inclusão na lista de bens e sítios culturais sob a protecção da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A candidatura de Mbanza Kongo teve votação unanime dos membros do Comité do Património Mundial.
A inclusão da antiga capital do Reino do Kongo a acontece no âmbito da 41ª sessão do Comité do Património Mundial que decorre na cidade de Cracóvia, na Polónia.
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Desde a fundação do reino do Kongo no século XIII, a cidade de Mbanza Kongo foi a sua capital, o centro político, económico, social e cultural, sede do rei e a sua corte, e como tal o centro das decisões.
Mbanza Kongo foi, no século XVII, a maior vila da Costa Ocidental da África Central, com uma densidade populacional de 40 mil habitantes (nativas) e quatro mil europeus.
Com o seu declínio, a cidade que se encontrava no centro do reino em plena “idade de ouro”, transformou-se numa vila mística e espiritual do grupo etnolinguístico kikongo e albergou as Repúblicas de Angola, Democrática do Congo, Congo Brazzaville e Gabão.
Com uma superfície de 7 mil e 651 quilómetros quadrados, Mbanza Kongo é limitado a norte com o município do Kuimba e pela RDC, a sul e a este com a província do Uíge e a oeste com os municípios do Tomboco e Nóqui.
Com uma população estimada em 155 mil e 174 habitantes (dados do último censo), a cidade de Mbanza Kongo possui cinco bairros, nomeadamente Sagrada Esperança, 4 de Fevereiro, 11 de Novembro, Álvaro Buta e Martins Kidito.