Alusivo ao dia mundial da hipertensão arterial, comemorado a 17 de Maio, na terça-feira passada, no programa Saúde Para o Povo, da nossa casa de rádio, Platina FM, abordou-se sobre crise hipertensiva, que está intimamente ligada à hipertensão arterial, com os médicos Fernando Sito e Travasso Chimbunzo.
A crise hipertensiva foi definida pelos doctores como um quadro agudo grave, caracterizado por aumento repentino e sintomático da pressão arterial ( ≥180 x 120 mmHg, popularmente conhecida como 18×12) em pessoas não hipertensas ou em portadores de hipertensão arterial, que, quando não tratado a tempo e de forma correcta, pode comprometer a qualidade de vida e levar à morte.
Os médicos descreveram que os factores de risco para que aconteça esse problema são divididos em modificáveis (obesidade, tabagismo, stress, excesso de sal na comida, etc.) e não modificáveis (sexo e idade), apontando o stress da cidade de Luanda como um grande factor de risco.
Fernando Sito descreveu que os principais sintomas da crise hipertensiva são: palpitações, dor de cabeça, visão embaçada, zumbido e tontura, e explicou que quando essa condição atinge órgãos-alvo (cérebro, rins e coração) terá outros sintomas associados como: convulsões, desorientação, dor forte no peito e falta de ar. Frisou ainda que o tratamento pode ser de várias maneiras, tendo como base a causa, grau de gravidade, comorbidades e complicações.
Questionado sobre quais são as complicações da crise hipertensiva na grávida, Travasso Chimbumze destacou o sofrimento fetal, parto prematuro, eclâmpsia, morte materna e aborto.
Ao concluir, os clínicos aconselharam a população a optar pelo tratamento preventivo antes do tratamento curativo, trabalhando no estilo de vida, que passa por uma dieta regrada, praticar exercícios físicos, reduzir as situações de stress, como também procurar informações e profissionais de saúde especializados não só para prevenção, mas também para tratamento de hipertensão e crises hipertensivas.
Por: Lukenia Pio