Alusivo ao Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinala a 30 de Maio, ontem no programa Saúde Para o Povo, da 96.8, Platina FM, o neurologista Walter Diogo falou sobre a doença, que é crónica, inflamatória, autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam a camada protectora que envolve os neurónios, chamada mielina, e atrapalha o envio dos comandos do cérebro para o resto do corpo, provocando lesões no sistema nervoso central, e explicou que pode afectar a sexualidade dos portadores, pela diminuição do prazer sexual, a excitação e dificuldade para alcançar o orgasmo.
O neurologista explicou que o problema da sexualidade, que acontece mais em homens portadores do que mulheres portadoras, é devido à redução de impulsos do cérebro para os órgãos sexuais, e também pela depressão que muitos doentes com esclerose múltipla apresentam. Destacou ainda, que as pessoas com Esclerose Múltipla podem manter uma vida sexual activa, apesar do problema, e aconselhou a ter consultas regulares com o neurologista, ginecologista e urologista, criando uma rede de apoio para lidar com as situações da doença.
Ao longo da sua abordagem, o médico fez saber que essa doença pouco conhecida pode ter um início rápido ou lento e que os sintomas são variados e dependem da localização e da gravidade das lesões no sistema nervoso central. E citou sintomas como: perda sensitiva (sensibilidade reduzida, formigamento, sensação de alfinetadas e agulhadas, sensação desagradável de partes do corpo inchado e sensação de que uma parte do corpo está morta), diminuição da visão, falta de nitidez ou redução da percepção das cores e fraqueza dos membros.
De ressaltar que, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla é dedicado à conscientização sobre essa doença neurológica crónica e apoio àqueles que vivem com ela.
Por: Luzia Santana