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    Os artistas, o swagger e a mendiguez na aflição

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     Vive-se uma autêntica lua de mel no que à música diz respeito . Os dinheiros chovem de todos os lados, a qualidade musical vai melhorando significativamente, os vídeos musicais requerem muito mais investimento e os músicos estão cada vez mais apostados em apresentarem-se a preceito, como aliás é exigência não só dos agentes dos mesmos mas especialmente das múltiplas empresas que com eles vão estabelecendo inúmeros acordos de trabalho .

     

    Este momento bom não está a ser vivido apenas no seio musical, pelo contrário, o sector de dramaturgia também está em plena lua de mel, e agora mais ainda com a nomeação da novela angolana Windeck para os prémios Emmy . Mas é dos músicos que falaremos um pouco . Será que os agentes musicais, e isto inclui desde os promotores de eventos, DJs, cantores, bandas musicais etc, pagam regularmente e taxativamente as suas contribuições aos cofres do estado ? Será que os artistas preocupam-se com o seguro de saúde, uma vez que têm uma profissão de risco ?! Será que os nossos músicos pagam quotas para que daqui há alguns anos possam usufruir das suas pensões e consequentemente, caso não consigam dar continuidade a esta vida de gastos exacerbados hoje em dia, viverem uma velhice descansadamente mais tarde ?
     

    Muitos artistas pensam que o ” swagger ” é a questão mais importante na carreira e que gastar balúrdios em óculos escuros e roupas de marca os torna em figuras felizes para a vida inteira . O artista vive exclusivamente do talento, da capacidade de conquistar a atenção dos fãs e claro, do dinheiro destes mesmos fãs . Os fãs têm o poder de acabar com a carreira de qualquer artista a partir do momento que acharem que estão simplesmente a ser usados pra fins sem nexo .

    Artistas há que impreparados e escudados em ideologias egocêntricas apenas e tão somente pensam em comprar roupas, carros, óculos escuros e mostrarem que têm e podem, mas no entanto quando alguma emergência eventualmente ocorre nunca estão financeiramente preparados, em muitos casos mendigando mesmo ao estado e a sociedade civil para que os apoie . Será o artista angolano vítima do enriquecimento meteórico e da falta de preparação académica e laboral ? Será que o artista esquece ou desconhece que o futuro é mais importante que o presente ?

    O que o estado ganha de impostos dos nossos agentes musicais ? Que receitas fiscais são arrecadadas anualmente pelo estado, dos vários festivais, concertos, festas, enfim, envolvendo os nossos músicos do ” swagger ” ?!

    De Joe D’Almeida

    Para o Portal Platina Line

    Londres 10/10/2013

     

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