“O País que Nasceu Meu Pai” é o título escolhido para o próximo álbum de originais do Artista angolano Paulo Flores.
O projecto chega as lojas dia 2 de Julho, é nova data apontada pelo Cantor Paulo Flores com título “O País que Nasceu Meu Pai” faixa 7 desta obra discográfica que representa os 25 anos de carreira do cantor.
O Álbum ira homenagear seu falecido pai, Cabé, um dos grandes ícones na animação musical nocturna de Luanda. O seu pai foi um homem ligado à música e feito para a mesma, desde criança. Transmitiu toda a sua vivência musical e artística a Paulo Flores, o seu primeiro filho.
Seu primeiro Single, é intitulado “O país que nasceu meu pai”, onde ele lembra a e descreve de forma poética , com versos e metáforas o Pais que viu nascer seu pai. Faixa dá também titulo ao seu novo álbum conforme mencionado em Maio de 2013.
O motivo do atraso e adiamentos foram revelados hoje na página oficial do Facebook do cantor , onde ele disse faltava a música certa para completar o álbum.
kambakens a 3 meses atrás ouvi a Adele a dizer que lhe faltava uma música, que ela só acabou o disco quando essa música chegou e ela disse tudo o que queria…foi mais ou menos o que aconteceu comigo na gravação de ” o país que nasceu meu pai”, eu sentia que me faltava dizer algo, algo muito importante, acho que consegui e finalizei o disco a uma semana atrás, a música que faltava será a ultima do disco e vai se chamar ” ainda o pais que nasceu meu pai”. conto lançar o disco no meu dia de anos 2 de julho de 2013. desculpem me os kambafans pela demora, mas sabem que depois de sair será para sempre, e eu queria mesmo dizer o que me faltava…abraço.
Paulo Flores revelou que o disco foi gravado na capital angolana, Luanda, e em Portugal. “Semba e ritmos inspirados em sons africanos de outras paradas dão identidade rítmica à obra”.
Neste momento, acrescenta o músico, dois vídeos já foram gravados para promover “O País que Nasceu Meu Pai”, sendo que os preparativos para a produção de outros dois já estão em andamento.
“Memória de Café”, “Me Leva Daqui que Vou”, “Mister Mouse”, “A Carta”, “Cara de Madona”, “Trem da Cidade” e “Sou Ninguém” são partes do disco.
Paulo Flores construiu uma carreira musical ao longo dos últimos 25 anos e é conhecido internacionalmente pelo seu semba e pela sua forma única de se ligar às raízes e contar histórias através da sua música, utilizando personagens, dando-lhes vida através da sua música.
“As personagens da minha música confundem-se com as personagens do dia-a-dia, no fundo é uma radiografia de múltiplas personagens e são também incentivadoras de novas formas de procurar felicidade”, conta o músico, acrescentando que a base das suas personagens é “muito” real.
Nascido em Luanda, em 1972, o autor tem no mercados os discos “Kapuete Kamundanda”, 1988, “Sassassa”, 1990, “Coração Farrapo”, 1991, “Cherry”, 1991, “Brincadeira Tem Hora”, 1993, “Inocente”, 1995, “Perto do Fim”, 1998, “Recompasso”, 2001, e “Xé Povo”, 2005, além de um “Best Of” e um DVD ao vivo.
Músico, cantor e compositor, Paulo Flores é actualmente um dos expoentes máximos da música em Angola, ostentando, nas suas criações, os valores da cultura angolana, desde a sua herança patrimonial às suas expressões mais vanguardistas, numa busca constante de novas fórmulas e sempre aberto a outras culturas.
Gravou o seu primeiro disco só com composições e poemas seus aos 16 anos, tendo participações em todos os discos de Ruca Van-Dúnem “Sem Kijila”, “Sem Kijila Também”, “Sem Kijila Ainda” e “Sem Kijila Sempre”, assim como nos trabalhos de Ricardo Abreu e nos dois da Banda Maravilha.
Teve ainda participações em outros projectos, como “Picante”, de Dj Dias Rodrigues, “Quintal do Semba”, no qual foi co-autor, juntamente com o baterista Marito Furtado, “Calo Páscoa e Amigos”, entre outros trabalhos publicados no país.
Alguns excertos da nova música de Paulo Flores.
já não quero mais nada
não me metam mais nisso
pensei na dipanda
assumi compromisso
construi a buala
fui mutu ya kevela
quase morri sem causa
não fosse a filha Rainha (nzinga bandi)
eu já quero só tudo
nada de menos
respeito aos mais velhos
eu quero voltar a ver…
o makiezu na praça
uma terra que cria
donos da nossa vitória
no país que nasceu meu pai
desse todo eu sou só um pedaço
e espero um dia ver
a prova que a magoa sai
no fundo dos olhos dos homens
justiça e agua para eu lavar meu pai
caté no Sambizanga
nós brincamos às favelas
em todas as telas…