A Fundação Sindika Dokolo prevê abrir, dentro de três meses, a sua a sede internacional na cidade do Porto (Norte de Portugal), disse, neste Sábado, à Angop, o vice-presidente daquela instituição, Fernando Alvim.
“Além de Luanda, vamos ter uma sede internacional no Porto, um lugar de exposições, de mostras de documentos, de documentários e de acolhimento de parceiros internacionais, para a criação de sistemas necessários e urgentes”, disse Alvim, no final da IV Conferência “Portugal e os Jovens: Novos rumos, outra esperança”, ocorrido Sábado, em Lisboa.
“Ainda não podemos revelar, mas podemos dizer que estamos a 90 por cento de concluir um acordo em que deveremos ter esta sede internacional, para mostrarmos o que fazemos em Angola e no continente africanos”, avançou.
Rejeitando tratar-se de uma Casa de Cultura, o vice-presidente daquela Fundação considera como “casa do pensamento de angolanos e dos africanos, mesmo sabendo que a questão do pan-africanismo está voltado para uma época muito específica da história africana”.
Ao intervir no encontro, ocorrido na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Alvim alerta que “África deve entender que nos meios intelectuais do mundo há estratégias extremamente violentas contra si”.
“Viemos a Portugal fazer cultura; pôr em evidência aquilo que é um discurso estético e conceptual em várias áreas e outras disciplinas, não só nas artes visuais, mas na música e na literatura”, adiantou.
A IV Conferência “Portugal e os Jovens: Novos Rumos, Outra Esperança”, encerrado pelo presidente português, Aníbal Cavaco Silva, promotor do evento, visou “a promoção uma reflexão prospectiva sobre alguns problemas da sociedade portuguesa, que exigem abordagem aprofundada e multidisciplinar”.