Na edição de terça-feira (18), do programa Saúde Para o Povo, da Platina FM, os dermatologistas Luvualu Ndongala e Erika Nelumba abordaram sobre Psoríase, uma doença inflamatória que afecta essencialmente a pele, unhas e o couro cabeludo, em alguns casos, articulações, caracterizada por manchas avermelhadas, recobertas por uma crosta esbranquiçada que lembra escamas, e que apesar de não ser contagiosa, os portadores sofrem com o afastamento social e baixa auto-estima.
Erika Nelumba começou por explicar que a genética e imunidade são os factores mais envolvidos na origem e evolução da doença, porém existem factores ambientais ou externos que funcionam como “gatilho”, ou seja, que levam a uma piora ou até o aparecimento, pela primeira vez, da doença, neste grupo destacam-se: ansiedade, estresse, exposição ao frio, alimentação não saudável, uso de certos medicamentos, o alcoolismo e tabagismo, obesidade, hipertensão e infecções no geral.
Na sequência, Luvualu Ndongala esclareceu que existem diferentes tipos de Psoríase, considerando o aspecto e localização das lesões, e ressaltou que a manifestação clássica de mancha avermelhada acontece em indivíduos de tonalidade de pele mais clara, enquanto que aos de tonalidade de pele mais escura, as lesões são roxas, cinza ou marrom-escuro, associada à pele ressecada e rachada, coceira, queimação e dor.
Os especialistas lembraram que a Psoríase não tem cura, mas existe tratamento que possibilita o controle da doença, ampliando o bem-estar dos pacientes, e finalizaram explicando que o tratamento adequado depende sobretudo do controle dos gatilhos, onde os pacientes devem consultar o médico no primeiro sinal da doença, seguindo as recomendações como: hidratar a pele, tomar banhos de sol por pelo menos 15 minutos no período das 14 às 16h, evitar a remoção da crosta e traumas, para além do acompanhamento psicológico como terapia alternativa.
Por: Laurine Fernandes
Fotos: Dr. Luvualu-Dermatologista