Puto Sal e Bruno 60 representam o Distrito Urbano do Rangel. Cantam kuduro há 3 anos, um estilo que lhes é peculiar. Os jovens pertencem à produtora MB Produções e contam já com (8) músicas gravadas. Encontram-se em fase promocional do seu primeiro CD.
Em entrevista à Platina Line, Puto Sal contou-nos como surgiu a ideia de juntar-se ao seu irmão e assim formar a dupla que hoje é conhecidíssima no Distrito do Rangel. “Canto kuduro há sensivelmente oito (8) anos. E o Bruno 60, meu irmão mais-novo era o meu bailarino. Há três anos quando decidi apostar na música como carreira, o Bruno surpreendeu-me com uma música de sua autoria e deixou-me bastante admirado pela sua versatilidade, foi nesta altura em que decidi juntar-me a ele e formamos a dupla”.
“Fally Ipupa”, “Otchotcho” e “Mana tá aquecer”, são algumas das músicas mais consumidas pelo público. Segundo Puto Sal, a música “Fally Ipupa” foi o pontapé de saída, para que o seu trabalho fosse conhecido. Questionado sobre a criação da música, a dupla afirma que “… Tudo começou quando num certo dia estávamos a assistir o vídeo do músico congolês Fally Ipuppa. Desde sempre tivemos um certo carisma pelo seu trabalho. Porém gostamos das coreografias de uma das suas músicas e a própria qualidade do vídeo. Foi a partir deste momento que decidimos criar também a música e a dança Fally Ipupa”. Advogaram
O CD será composto por seis (6) faixas musicais. Sem data prevista para o lançamento da mesma, a dupla garante que tudo está a fazer para que este ano o CD esteja disponível para o público angolano. Conta com as participações dos músicos Desejos Player , Euclides Figueira, Chefe Camone, Niga C e Ismael Player.
Puto Sal e Bruno 60 aproveitaram a oportunidade para esclarecer ao público a razão dos seus nomes artísticos, pois tem havido muita controvérsia relativamente a este aspecto. “O Sal deriva da junção das iniciais de três letras de nomes de pessoas marcantes na minha vida. A letra S, vem de Santa, minha falecida Avó, a letra A vêm do meu nome de registo, Adelino e a última letra, L é a uma singela homenagem ao meu falecido pai Luciano. Quanto a mim, Bruno é o meu nome de casa e 60, deve-se pelo simples facto de dançar muito rápido. E decidi juntar o útil ao agradável”.
Os jovens músicos, acreditam no kuduro, desde que cada um faça a sua parte, para ajudar Angola a crescer. “Queremos agradecer especialmente a nossa mãe, a MB Produções, ao Sr. Marcolino o nosso empresário por nos conceder esta grande oportunidade e patrocínio que para nós é um enorme suporte para a divulgação do nosso trabalho. E a todos aqueles que nos têm suportado”. Concluíram.
Texto: Josias Sorte Xavier
Fotos: Silvanio Ramos