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    Snoop tira o "Dogg" do nome e agora mira estilo reggae

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    O rapper Snoop Dogg insiste que, por hora, tirou o “Dogg” do nome para assumir uma nova identidade, Snoop Lion.

    Snoop se tornou um dos rappers mais famosos no mundo depois de seu álbum de estreia, o “Doggystyle”, de 1993, e ajudou na ascensão do “gangsta rap”. Mas o ator e cantor californiano, que gostava de aparecer com armas, drogas e como “cafetão”, agora diz ter abraçado a paz e o amor da música reggae.

    Na sexta-feira, no Festival Internacional de Filmes de Toronto, ao falar sobre um novo documentário que mostra a mudança, ele afirmou que essa transformação não deveria ser tão surpreendente: “Eu sempre disse a mim mesmo que sou Bob Marley reencarnado”.

    Seu novo filme, produzido por sua própria empresa, tem exatamente esse nome, “Reencarnado”. Assim como muitos documentários musicais dos últimos anos, ele promove o álbum de reggae que será lançado, mostrando como cada música foi gravada, incluindo uma com o lendário Bunny Wailer.

    Mas grande parte da jornada de Snoop pela cultura Rasta na Jamaica é feita com declarações sobre seu amor pela maconha e pela variedade local da droga. Em uma cena, ele é levado à selva e fuma plantas colhidas do chão.

    O que ele busca demonstrar, no entanto, é que aos 40 anos de idade está mais velho, mais esperto e embarcou em uma odisseia espiritual e musical. Seu novo nome, de acordo com o filme, não foi escolhido por ele, mas por religiosos rastafari na Jamaica.

    “Eles acabaram de me coroar como ‘o leão’ porque é associado com o rastafari e com a música reggae. Eles achavam que Dogg já não era necessário”, afirmou. “Foi uma transformação natural. É como sair de ‘o cachorro’ para o ‘leão’, entende?”

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    A mudança, anunciada em julho, é pelo menos a terceira para Snoop, que começou no hip-hop como “Snoop Doggy Dog”. Ele é também conhecido como “The Doggfather” (em referência ao nome em inglês do filme “O Poderoso Chefão”) e “Tio Snoop”. Por isso há ceticismo nas mídia sociais sobre se ele realmente abraçou o reggae.

    Mas, na sexta-feira, vestido de branco e com um chapéu rasta branco, ele falou sobre “uma verdadeira transformação”, o “amor e paz internos” e sua devoção à mulher e aos filhos.

    Ele minimizou as críticas que questionaram se o homem que popularizou o selo Death Row Records, junto de outros músicos, com o assassinado Tupac Shakur, realmente mudou.

    “Para aqueles que acham que não é real ou não é autêntico, digo que é o que é. Você vai ter suas próprias opiniões e visões”, afirmou ele. “O que posso fazer é colocar um copo de água limpa e um copo de água suja e você tem a escolha de beber o que preferir.”

    Mas ele sinalizou que ainda pode tocar seus hits da carreira de rapper e não descartou novos álbuns nesse estilo musical. “Eu ainda sou Snoop Dogg. Este sou eu agora”, disse ele. “No final das contas, quando estou fazendo meu reggae eu estou na luz de Snoop Lion, então você tem de respeitar os dois mundos.”

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