A necessidade de se investir mais em projectos de artistas angolanos para se internacionalizar a música nacional, de forma mais organizada e sustentada, foi defendida hoje, quarta-feira, em Luanda, pelo cantor e compositor Totó.
O cantor fez este pronunciamento à Agência de noticias de Angola, a propósito da realização da 7ª edição do show do Projecto Musical Ponte Cultural, sexta-feira, no Miami Beach, uma iniciativa da Fundação Arte e Cultura, no qual o angolano Totó vai partilhar o palco com artista nigeriano Keziah Jones.
Referiu que um maior investimento em projectos musicais, pode ajudar os cantores angolanos a difundirem com mais eficácia os ritmos nacionais no estrangeiro.
“Chegou a altura de se dar a conhecer ao mundo aquilo que os artistas nacionais produzem, visto que a música nacional é rica e bela”, argumentou.
Admitiu que, actualmente, a internacionalização da música angolana está limitada apenas em países lusófonos, fundamentalmente Portugal, Moçambique e Cabo-Verde.
Sugeriu aos artistas angolanos a serem mais “ousados” e levarem as suas músicas em palcos de países em que não tenham como língua oficial o português, para os ritmos nacionais serem conhecidos e apreciados mundialmente.
A música nacional, reforçou, tem qualidade rítmica e conteúdo rico suficiente para penetrar em países de grande influência cultural no mundo.
Exortou, na mesma esteira, à nova geração de músicos no sentido de darem continuidade ao trabalho positivo iniciado por Waldemar Bastos, Bonga, Teta Lando, em prol da internacionalização da música angolana.
Por sua vez, o artista cantor nigeriano Keziah Jones disse estar satisfeito por ter a oportunidade de actuar em Angola e por dividir o palco com o músico Totó.
“Embora seja pela primeira a estar em Angola, sinto-me em casa por ser um país irmão e acolhedor, vou aproveitar a minha estadia aqui para trocar experiência com talentosos artistas, como o Totó”, frisou.
O Projecto Musical Ponte Cultural é uma iniciativa que tem o objectivo de promover encontros entre artistas nacionais e estrangeiros, dando-lhes a possibilidade de produzirem canções inéditas e gravarem videoclips.