O cantor angolano Yuri da Cunha apresentou   em Lisboa, na sexta-feira e no sábado, o seu mais recente álbum, “O Intérprete”, editado este ano e que conta com a participação de vários artistas internacionais.

Os espetáculos do cantor angolano, que tem 22 anos de carreira, aconteceram   no Coliseu dos Recreios, em Lisboa com lotação esgotadas nos dois dias de festa

O Show contou com as  presenças de  Alexandre Pires, do Brasil, Nelson Freitas e Suzanna Lubrano, de Cabo Verde, além da cantora angolana Ary.

Segundo o angolano, as participações destes artistas no seu novo trabalho permitem, através da música, a “junção cultural de povos”.

“É muito importante que as pessoas se encontrem na música, porque a música é também uma das definições do amor, por isso, sempre que posso, vou buscar grandes artistas, homens da arte no coração, para fazer esta junção de musical entre povos”, referiu o cantor angolano, de 34 anos, natural de Sumbe, na província do Kwanza Sul.

O cantor disse que continua a manter “a mesma postura e a mesma posição na música”, seguindo uma carreira com diversos estilos musicais, mas sempre procurando não perder as raízes da música angolana (semba, kizomba, kuduro).

“O Interprete”, segundo o cantor, é um trabalho que está mais voltado para as populações lusófonas, sendo interpretado sobretudo em português, mas também tem algumas canções em que são introduzidos idiomas como o kimbundu (Angola), lingala (ngala), da República Democrático do Congo, e o crioulo, de Cabo Verde.

O público em Portugal, segundo Yuri da Cunha, “é igual ao de Angola, muito recetivo”, recebendo o seu trabalho “de forma muito positiva”.

O álbum, que deu  nome ao novo espetáculo, foi gravado entre Luanda, Paris, Lisboa e Los Angeles.

O trabalho de Yuri da Cunha já lhe rendeu muitos prémios, como o de melhor colaboração na edição de 2014 da MTV Africa Music Awards, realizado na África do Sul.