Dois cidadãos vietnamitas foram recentemente detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), por suspeita de envolvimento numa associação criminosa dedicada ao tráfico ilegal de marfim. A operação resultou na apreensão de uma quantidade significativa de presas de elefante, cujo destino final era o continente asiático.
Os suspeitos foram apanhados em flagrante delito enquanto tentavam transportar as peças de marfim disfarçadas entre madeira e serradura. De acordo com o porta-voz do SIC, a quantidade expressiva de marfim apreendida e a complexidade da operação sugerem que os dois vietnamitas não atuavam sozinhos.
Estima-se que os caçadores envolvidos neste comércio ilegal recebam valores insignificantes, que não ultrapassam os 100.000,00 por quilo de marfim, comparados ao valor astronómico que esses produtos podem atingir no mercado asiático, onde a procura por troféus e medicamentos derivados do marfim é elevada.
A investigação concentra-se agora em identificar outros membros da rede e a extensão das operações criminosas ligadas ao tráfico de marfim, uma atividade que alimenta o mercado negro e ameaça a sobrevivência de espécies em risco de extinção, como o elefante-africano.
Os dois vietnamitas detidos serão apresentados ao Ministério Público, onde enfrentarão acusações graves relacionadas com crimes ambientais. O tráfico de marfim e de outros produtos derivados de animais em perigo de extinção é considerado um crime, com penas agravadas devido à gravidade do impacto ambiental.
Por: Ivaldimildo Matais