A andebolista angolana Isabel Guialo” Belinha”, como é curiosamente conhecida, em entrevista concedida, nesta terça-feira (20), à Rádio Cinco, revelou que foi “injustiçada” no Rapid Bucarest e decidiu romper o vínculo laboral com a formação romena.
“Para mim, essa experiência não foi boa(…), considero um fracasso na fase da minha carreira, porque eu saí daqui com certos objectivos, cheguei lá, infelizmente não foi isso que eu queria fazer(…), digamos que aconteceram certas coisas que me deixaram infeliz(…) tinham as suas preferidas(…) não tive muito tempo de jogo e me senti um pouquinho injustiçada”, revelou.
A atleta contou ainda que no início tudo estava a correr bem, mas a falta de jogos pesaram e não era valorizada na formação romena. “Somos três centrais na equipa, tem uma romena, uma espanhola e uma angolana(…), eu me senti injustiçada e não estavam a me dar o meu devido valor(…) cheguei a uma conclusão com a minha agente e com o advogado da agência e terminei o contrato”, contou.
Aos 32 anos, Isabel Guialo regressa assim ao seu antigo clube 1° de Agosto, onde vai ajudar a equipa militar nas provas em que está inserida.
Rapid de Bucarest é o quarto clube europeu que a “Belinha” já representou. Recorda-se que Belinha já vestiu as camisolas do Atlético Guardes, de Espanha, o Kisvardai Kézilabda Club, da Hungria, e o Fleury Loiret Hendball, da França.
Além das passagens por estes clubes, Isabel Guialo conta com um currículo profissional “invejável”, foi eleita Melhor central de África em 2018; Melhor marcadora de Angola no Mundial da Sérvia em 2013; MVP do Nacional de Seniores em 2017, no mesmo ano foi eleita Diva do desporto angolano, nos Globos de Ouro, Campeã Africana de Clubes pelo 1° de Agosto, entre outros prémios individuais e colectivos.
Por: Helder Lourenço