Nosso Papeltesoura, sinónimo ‘figurado’ de pequeno & grande, fraco & forte, povo & ‘elite’, madeira & ferro ou alumínio, verdade & mentira, de uma simples e grande forma, é o que diz o lema dos organizadores comunitários nunca faça por outras pessoas aquilo que elas podem fazer por elas mesmas – os mais fortes de uma nação marginalisam os que menos oportunidades têm, e estes coabitam descansadamente na arrogância imposta pelos fortes, esquecendo-se que o poder que possui a sua fraqueza em nada mais que 3% dos aproveitados é maior (incontável) que o conjunto dos aproveitadores.
Mas afinal, o que há nesta coluna de diferente em relação as outras? Natural e em geral, nada! Mas particularmente e em aliança com as demais, se distingue pela sua vocação nos mais diversos aspectos sociais, trazendo os acontecimentos ‘‘ecos & factos’’ quotidianos da nossa Angola – desde as praças até instituições, da escola ao bairro, da Igreja/casa até as ruas, trazendo ainda as histórias comprometedoras e orgulhosas dos nossos ‘‘manos & manas’’ residentes à um passo em frente a linha do limite do território nacional.
Noite de 10.2.11, quinta-feira, dia este que para a Igreja Católica, tradicionalmente é para devoção ao Santíssimo Sacramento em memória à Última Ceia de Jesus Cristo, assim como para muitos outros povos antigos no mesmo dia reverenciavam seus deuses. Seguindo o final da noite antes de preceder a sexta-feira, centenas de pessoas da mesma sociedade comemoraram alegremente ou melancolicamente seus aniversários ou ainda de segundos e terceiros, igualmente festejaram o nascimento de novos-pequenos membros de suas familas. Outros oprimidos do ponto de vista psicológico, físico ou mesmo por parte de seus chegados, acompanhados de seus livros de auto-ajuda sentiram (provavelmente) a necessidade de mais algum material de base que os pudesse nutrir de forças, ajudá-los a sair debaixo do grão de areia que nem uma formiga domina, mas nos derruba! Desta feita, nasceu o nosso, vosso e seu Papeltesoura.