O artista plástico Álvaro Macieira afirmou ontem, em Luanda, ser importante a criação, por parte do Executivo, de políticas proteccionistas no sentido de se recorrer a obras artísticas nacionais em instituições ou edifícios recém-criados no espaço territorial angolano.
“Nos novos hotéis e edifícios construídos não vemos obras de arte nacional. Em países como a África do Sul e Namíbia nenhum hotel é decorado com serigrafia ou quadros que vêm de fora”, disse. No seu entender, qualquer estrangeiro que se desloca a um país quer ver reflectida nessa região a arte nela produzida.
É urgente que a tutela e outros organismos ligados à preservação do património cultural dêem mais atenção à protecção das artes, sobretudo as plásticas.
“Se assim não for, as colecções vão ser levadas para outros países e nós não teremos nada para contar um dia, quando precisarmos”, frisou, acrescentado que o proteccionismo das criações nacionais passa igualmente pela compra, por parte dos angolanos, das memórias locais e o continuo resguardo delas.
com jornal de Angola