Epilepsia–uma doença que tem cura

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Epilepsia–uma doença que tem cura

Anualmente, mais de 6 milhões de pessoas morrem em decorrência de patologias neurológicas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estas enfermidades afectam tanto a capacidade motora (movimentos voluntários, habilidade para comer e falar) quanto os cognitivos, o que compromete a memória, aprendizado e aptidão para se relacionar.

“A Crise Epilética é a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas decorrentes de actividade neuronal excessiva ou síncrona no cérebro. Os lactentes podem apresentar crises na vigência de febre e crises sintomáticas agudas, durante quadros infecciosos e metabólicos, os quais não são considerados Epilepsia”, afirmou a médica Neurologista, Katyana Laureano.

Os principais sinais e sintomas das crises epilépticas (semiologia) são utilizados como base para a categorização das crises, que podem ser de início focal, generalizado, desconhecido ou não classificado.

As manifestações clínicas variam desde abalos dos membros, salivação excessiva (sialorreia), perda de urina, gritos e perda de consciência, a olhar fixo (distante), arresponsividade (não responde ao chamado nem a estímulos dolorosos), ou até mesmo movimentos de um único membro (geralmente o braço) ou movimentos faciais involuntários.

“A primeira crise é uma ocorrência muito comum no Banco de Urgência, portanto, a investigação é mandatória para definir a natureza do evento epiléptico, os factores desencadeantes e o risco de recorrência.

As principais causas da primeira crise são: Infecções, Alterações tóxico-metabólicas, Abstinência ou uso abusivo de substâncias (medicações, álcool ou drogas ilícitas), Acidente Vascular Cerebral (Isquémico ou Hemorrágico),Traumatismo crânio-encefálico e Tumores do Sistema Nervoso Central”, acrescenta.

A Epilepsia é a doença neurológica grave mais comum, caracterizada por uma das seguintes condições, a destacar: Pelo menos duas crises não provocadas, ou duas crises reflexas um intervalo superior a 24h; Uma crise não provocada, ou uma crise reflexa, com chance de recorrência estimada em pelo menos 60% nos próximos 10 anos (presença de lesão estrutural ou crise documentada no Electroencefalograma); Diagnóstico de uma Síndrome Epiléptica clássica estabelecida.

As condições supracitadas devem ser tidas em consideração, antes de iniciar o tratamento anti-epiléptico, que deve ser precoce para o melhor controlo das crises. A remissão é alcançada em torno dos 70-80% dos pacientes, após início do tratamento. Deve-se ponderar a troca ou associação de medicamentos, caso haja falha de resposta terapêutica, após atingir doses máximas toleradas.

“O diagnóstico pode ser feito por qualquer médico, no entanto, o tratamento e escolha do fármaco adequado para cada tipo de crise deve sempre que possível ser feito pelo Neurologista, e por uma equipa multidisciplinar, que geralmente envolve Psiquiatras, Psicólogos, Terapeuta da fala e Fisioterapia.

Por ano, a Clínica Girassol realiza, pelo menos, 300 atendimentos médicos de urgência de pessoas com crise epiléptica, e segue em consultas externas um número superior a 600 doentes. A nossa equipa multidisciplinar alcança uma taxa de sucesso nas suas intervenções na ordem dos 88%, permitindo a estes pacientes controlar as crises e fazer com que os doentes voltem a ter vida normal, trabalhar, ter filhos, viajar, conduzir e outras actividades, e até mesmo alcançar a cura em alguns casos”, concluiu a especialista.

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