O Humorista Gilmário Vemba partilhou nas redes sociais ao vivo o drama que viveu no Aeroporto Domestico para se deslocar com a família, para Cabinda com objetivo de passar quadra festiva nessa província..

O motivo tem haver com segundo a taag, que o humorista terá perdido o voo por atraso, quando na verdade segundo Gilmario o atraso foi companhia e não dele, visto que tinha os talões de embarque emitido.
Mais tarde Gilmário fez um resumo do drama que aconteceu:
SOBRE O MEU PROBLEMA COM A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DA TAAG ONTEM DIA 23 DEZEMBRO NO AEROPORTO DOMÉSTICO:

Fui chamado de pouco flexível por várias pessoas que tentaram convencer-me a abandonar o meu “PROTESTO”, sim protesto, porque já tinha passado de reclamação dos meus direitos enquanto cliente da TAAG. Transformei a minha reclamação num protesto, porque a TAAG se recusou a ouvir a minha reclamação.
Os chefes na TAAG, com certeza devem ter recebido um relatório do tipo:
– um famosozinho, que atrasou no embarque, andou a fazer confusão que tinha que embarcar, ele acha que o avião tem que esperar por ele, gritou connosco, desacatou a autoridade da polícia e bloqueio o autocarro da Ghasist.
Pois bem meu senhores, a um erro neste relatório:
1 – não fiz a confusão por ser figura pública;
2 – não atrasei no embarque, sendo que fiz o meu Chekin as 3h da matina e deste então não sai do aeroporto;
3 – o meu voo era para as 6h, logo o atraso foi da TAAG;
4 – Éramos 4 adultos do grupo de 6 passageiros que fazia a minha família no aeroporto, por isso não acredito que nenhum de nós tenha ouvido alguma chamada se quer ( ou seja, não houve chamada ).
agora que gritei com o funcionário da TAAG, gritei sim, quando o mesmo virou-me as costas quando eu precisava de uma informação e tenho a plena noção que quando ele põe aquele colete e usa aquela crachá TAAG, está ali para servir os clientes da TAAG.
Me recusei sim, a ordem dos policias que me pediam para abandonar o autocarro da Ghasist, pois era a única forma que eu tinha de protestar contra a TAAG para um tratamento digno a aquelas que recorrem aos seus serviços.
a senhora que veem na foto, tratou-me como lixo dizendo apenas – este voo já saiu, perderam o voo, perderam o voo – senti-me tão mal, a frente dos meus filhos, minha mulher e meus sogros e tantos outros passageiros que lá estavam, senti-me revoltado, senti que não podia deixar passar tal injustiça.
Pus-me no autocarro que embarcava passageiros para o Soyo e aí comecei o meu protesto, dizendo que só sairia daquele autocarro para um voo que me levasse a cabinda.
A empresa Ghasist presta apenas serviço a TAAG e a todas outras companhias que operam no aeroporto 4 de fevereiro. Vendo o seu autocarro bloqueado, pressionava a TAAG que resolvesse o problema comigo, ou eles teriam que facturar a TAAG pelo tempo que o autocarro estava a li parado. Então aí a TAAG começa a ver formas de resolver o meu problema, não para remediar o erro, ou compensar o passageiro, mas sim para liberar o autocarro da Ghasist. Sim eles não estavam preocupados comigo, mas sim com a Ghasist, que lhes pressionava minuto a minuto.
Aí, está mesma senhora vendo as consequências que teria que arcar, muda de posição e começa a tentar resolver as coisas comigo, moderou o tom e tentou apelar o meu emocional, mas já era tarde, eu já não estava a reclamar, eu estava a PROTESTAR.
E foi o que disse a todas as pessoas que afavelmente tentaram me convencer a esperar pelo meu voo na sala de embarque, “já não estou a reclamar, estou a protestar, pelo desrespeito, pela violação dos diretos do consumidor, existem regras e leis não só do consumidor, como também da avião civil, e para que todos que prestam serviço público ou privado ali no aeroporto pudessem lembrar disto e para isso acontecer, não sairia daquele autocarro.
Sabia que a TAAG, não tinha lugares em nenhum dos Servicos daquele dia, nem no dia seguinte, minha esposa e sogra trabalham a muito tempo em agências de viagens e foram elas que compraram os bilhetes, até porque era suposto eu viajar só no dia 24, porque tinha compromissos a cumprir com o meu grupo ( trabalho ), e tive que pedir despensa aos meus colegas, porque não tinha outro solução, não existem outras formas de chegar a cabinda, se não de voo, a não ser que sejas um super nadador.
E porque a Ghasist pressionava, a TAAG imprimiu-nos uns talões de Embarque para o voo das 16h que te antemão eu já sabia que estava fechado, mas eles tentaram me enganar, achando que com os talões de embarque na mão, eu sairia do autocarro. Tentativa falhada.
Eram 11h da matina quando entrei naquele autocarro e comecei o meu protesto, dizendo que “só sairia dali para um voo que levasse a cabinda” desligaram o autocarro, julgando que o calor me fizesse abandonar o mesmo, as 19h chegaram os mosquitos, cresci no gueto, estes são famílias, por isso não sai dali, urinei em bidons, mas daquele autocarro eu saia para nada, ainda bem que não surgiu uma necessidade maior, se não aquele autocarro ia ficar mais tempo fora de serviço.
As 21h20 levaram-me, juntamente com a minha família para o voo, que nos trouxe a Cabinda. Das 4h da matina com os meus rebentos ( 4 anos e outro de 6 meses ) no aeroporto.
Fiquei feliz, quando a minha mulher se juntou a mim no avião e disse – marido aí as coisas mudaram, aquilo é atendimento ou que, chamar as pessoas pelo nome tipo na escola, só faltou meter o passageiro no colo e levar até ao autocarro – e sorrimos todos. Senti que a minha luta até ali, já tinha valido a pena, que a mensagem tinha chegado “É PRECISO TRATAR AS PESSOAS COM DIGNIDADE”
muito obrigado pela vossa atenção, e espero que nunca baixes a cabeça quando os teus direitos foram atropelados, todo mundo tem direitos e deveres.
DESEJO A TODOS MEUS CAMONES E CAMONAS UM FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE PROSPERIDADE
———– Gilmario Pinto Vemba ———
_ Humorista _
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